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Abiove reduz safra e exportação de soja do Brasil, mas projeta recordes em 2023

A expectativa de exportação do país, maior produtor e exportador global de soja, foi reduzida em 1 milhão de toneladas, para 92 milhões de ton.

A safra de soja do Brasil deste ano, com colheita recém-iniciada, foi estimada em recorde de 152,6 milhões de toneladas nesta quinta-feira, de acordo com levantamento da associação da indústria Abiove, que ajustou para baixo a projeção na comparação com a estimativa de dezembro (153,5 milhões de toneladas).

Se a previsão for alcançada, o Brasil colheria cerca de 24 milhões de toneladas a mais do que na temporada anterior, uma vez que produtores aumentaram a área plantada e devem contar com melhores produtividades este ano, após uma seca reduzir fortemente os rendimentos das lavouras em 2022 no Sul.

Já a expectativa de exportação do país, maior produtor e exportador global de soja, foi reduzida em 1 milhão de toneladas, para 92 milhões de toneladas em 2023, o que seria um novo recorde, superando as 86,1 milhões de toneladas de 2021 e as 78,9 milhões de toneladas de 2022.

Uma maior colheita deverá permitir que as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) fechem 2023 em novo recorde de 64,9 bilhões de dólares, ante 60,9 bilhões em 2022. A oleaginosa é o principal produto da pauta de vendas externas do país.

Apesar da queda nos volumes vendidos no ano passado, os números finais de exportação superaram as expectativas, o que reduziu os estoques iniciais disponíveis para embarques no início de 2023 –a exportação de janeiro da oleaginosa está projetada para ter um recuo ante igual período de 2022, segundo dados da associação de exportadores Anec.

O estoque inicial de soja do Brasil em 2023 foi estimado em 1,64 milhão de toneladas, ante 3,36 milhões na previsão de dezembro e mais de 5 milhões de toneladas em 2022.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) ainda manteve a previsão de processamento do grão no Brasil em 52,5 milhões de toneladas, o maior já registrado em toda a série histórica, mas considerando um aumento da mistura de biodiesel no diesel para 15% a partir de março, conforme cronograma previsto na legislação –cerca de 70% do biocombustível tem o óleo de soja como matéria-prima.

Destaque para o óleo

Em 2022, o processamento foi de 50,4 milhões de toneladas, permitindo uma produção de 38,6 milhões de toneladas de farelo de soja, sendo que um volume recorde de 20,4 milhões foi destinado à exportação.

Os embarques de óleo de soja ao exterior fecharam 2022 em 2,6 milhões de toneladas, o segundo maior volume da história e aumento de 58% ante 2021, ficando apenas atrás das 2,7 milhões de toneladas de 2005, com o país contando com uma forte demanda da Índia, que buscou mais o produto no Brasil para lidar com uma menor oferta de óleos importados de palma e girassol.

As exportações compensaram uma mistura menor de biodiesel no Brasil em 2022.

Para 2023, a Abiove projeta um recuo nos embarques de óleo de soja para níveis mais próximos de anos anteriores, de 1,75 milhão de toneladas, com exceção de 2022. No caso do farelo de soja, os embarques ao exterior devem seguir próximos de 20 milhões de toneladas.

Fonte: Reuters

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