Acordo de Grãos: Ucrânia e Turquia clamam por renovação

O acordo de grãos mediado pela Turquia e pelas Nações Unidas no ano passado permitiu a exportação segura de cereais ucranianos para o Mar Negro

KIEV (Reuters) – Os ministros das Relações Exteriores da Turquia e da Ucrânia disseram nesta sexta-feira que outras soluções para a exportação de grãos ucranianos além do acordo de grãos do Mar Negro, que terminou após a saída da Rússia no mês passado, eram menos ideais.

O acordo mediado pela Turquia e pelas Nações Unidas no ano passado permitiu a exportação segura de cereais ucranianos para o Mar Negro. Ancara tem tentado persuadir Moscou a retomar o acordo. 

A Ucrânia anunciou no início deste mês um “corredor humanitário” no Mar Negro para liberar navios de carga que ficaram presos nos seus portos desde que a Rússia iniciou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O primeiro navio a usar o corredor chegou em Istambul na semana passada.

Numa conferência de imprensa durante a sua visita a Kiev, o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, disse que a renovação do acordo de grãos era uma prioridade para Ancara, e que a Rússia deve ser incluída na equação para um acordo funcional.

“Ressuscitar esta iniciativa é uma prioridade para a Turquia… Espero que obtenhamos um resultado positivo”, disse ele, acrescentando que soluções alternativas não seriam eficazes para substituir o acordo. “Desde o início tenho pensado que a Rússia deveria ser incluída novamente nesta equação”, acrescentou Fidan.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que Kiev está trabalhando em rotas alternativas, mas que o acordo do Mar Negro era a solução ideal.

“Estamos trabalhando em rotas alternativas… mas falando objetivamente, o funcionamento da rota do Mar Negro é uma solução ótima de todos os pontos de vista”, disse Kuleba. “Seremos capazes de expandir substancialmente o transporte de cereais através de corredores terrestres, mas o bloqueio do Mar Negro precisa acabar”. 

Fonte: Reuters

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