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Agricultor aposta na recuperação da economia e investe em maquinário

Confiante, Marcos Ioris, que cultiva soja e milho em Nova Mutum, comprou uma colheitadeira nova para reforçar a colheita.

O produtor rural Marcos Ioris, de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, acredita na recuperação econômica gradativa no Brasil. As apostas dele começaram ainda em 2017, diante da previsão de uma safra recorde. Ele investiu em maquinário para reforçar a colheita e o resultado foi satisfatório: colheu 20,8% a mais em relação ao ano anterior.

Há 25 anos no ramo, ele já presenciou diversos cenários no agronegócio, seja por mudanças políticas ou climáticas.

“Fizemos as escolhas certas, no momento exato. Há muito tempo que não tínhamos uma produtividade assim. Tivemos uma grande recuperação na produção por aqui, se compararmos os resultados de 2016 e 2017”, afirmou Marcos.

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Marcos Ioris e família cultivam soja e milho em uma área de 3 mil hectares, em Nova Mutum (MT) (Foto: Marcos Ioris/ Arquivo pessoal)

No ano passado, a produção de soja e milho nas terras de Marcos chegou a uma média de 58 sacas por hectare. O clima, segundo o produtor, foi fator essencial.

“O clima estava favorável. O investimento em adubação, tratamento com fungicida também é relevante. Acho que por causa do conjunto, tivemos um bom resultado”, ponderou o produtor.

Apesar da boa produtividade, o preço de comercialização dos grãos não agradou o produtor. Segundo ele, o preço da soja em 2017, por exemplo, se manteve entre R$ 56 e R$ 57.

Já na safra anterior – prejudicada pelo La Ninã, fenômeno natural que consiste na diminuição da temperatura do Oceano Pacífico – a produção foi de 48 sacas por hectare.

As projeções de Marcos, porém, continuam positivas. A expectativa dele é que a produção cresça ainda mais em 2018.

“Nossa previsão é que o resultado seja maior do que em 2017. Atualmente, os preços da soja estão melhores, cerca de 18 dólares (aproximadamente R$ 60) a saca”, afirmou Marcos.

Os números, até agora, confirmam o esperado: 60 hectares de soja já foram colhidos na propriedade dele.

Produtor de grãos há 25 anos, na fazenda de três mil hectares, Marcos já presenciou diversos cenários no agronegócio, seja por mudanças políticas ou climáticas. Mil hectares da área é destinada ao plantio de soja e as outras duas mil, ao cultivo de milho.

“Os preços já estiveram melhores, mas temos expectativa esse ano. Acreditamos que o mercado vai esboçar algum tipo de reação, em razão da seca na Argentina”, avaliou.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as principais bolsas de valores da Argentina já estimam redução na produção de grãos para a safra 17/18, o que pode contribuir com a valorização da produção brasileira.

“O mercado começa a desacelerar o movimento de alta, passando por um momento de ‘digestão’ dessas informações e avaliação deste real impacto, assim o produtor mato-grossense deve estar atento a sua estratégia de comercialização, a fim de garantir os melhores resultados”, diz o último boletim, ao alertar o produtor mato-grossense sobre a possível queda na produção de grãos na Argentina.

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Agricultor está investindo em maquinários (Foto: Marcos Ioris/ Arquivo pessoal)

Por G1 MT

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