
A iniciativa visa valorizar o trabalho dos produtores e divulgar o potencial da agricultura familiar para a sustentabilidade ambiental.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, os agricultores que participam do projeto Agro Sertão tiveram a oportunidade de ver de perto uma coleção de camisetas feitas com o algodão 100% agroecológico que eles mesmos cultivaram. Os agricultores e agricultoras do sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte, visitaram a fábrica Guararapes e maior loja da Riachuelo no Brasil, localizada no Shopping Midway, em Natal, onde puderam conhecer a coleção de algodão agroecológico lançada pela loja de departamentos. A iniciativa visa valorizar o trabalho dos produtores e divulgar o potencial da agricultura familiar para a sustentabilidade ambiental.
“Estamos celebrando uma grande conquista, da qual a Embrapa faz parte: o lançamento, nas lojas Riachuelo, da nossa camiseta agroecológica — um produto sonhado e realizado por muitas mãos comprometidas com um futuro mais sustentável”, declarou a gerente do Instituto Riachuelo Renata Fonseca.
O projeto Agro Sertão é fruto de uma parceria entre Instituto Riachuelo, Sebrae-RN e a Embrapa Algodão, que começou há três anos, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do algodão no Rio Grande do Norte, com ações que vão desde o campo, por meio do incentivo do cultivo agroecológico, até a indústria têxtil e o artesanato local. Atualmente, mais de 150 produtores fazem parte do projeto onde plantam sem aditivos químicos, com práticas regenerativas, respeitando o solo, a biodiversidade e a saúde das comunidades.
“É muito emocionante saber que aquilo ali foi a gente que plantou, a gente que colheu com o maior carinho do mundo e hoje está transformado em uma roupa que está vestindo alguém”, disse a agricultora Maira Aparecida Alves do Nascimento, do município de São Vicente, RN.
A Embrapa Algodão é parceira do projeto, com a missão de capacitar agricultores e técnicos para a construção de um sistema de produção agroecológico no território do Seridó, RN.
“É prazeroso e gratificante ver um resultado que veio do esforço e da determinação dos agricultores e agricultoras dos municípios envolvidos com o apoio da Instituto Riachuelo e demais colaboradores. O dia de hoje nos impulsiona e estimula a ampliar a ação da Embrapa Algodão a todos os estados que hoje trabalham com o cultivo do algodão agroecológico, um trabalho iniciado no campo refletido nas camisas feitas com a fibra do algodão cultivado seguindo os princípios agroecológicos”, afirmou a pesquisadora Nair Arriel, da Embrapa Algodão, que também acompanhou a visita.
Algodão em consórcios agroecológicos
O cultivo do algodão agroecológico consorciado com outras culturas alimentares como milho, feijão, gergelim e amendoim, mandioca, dentre outras, por agricultores familiares, com certificação orgânica participativa, tem sido outra alternativa disponibilizada pela Embrapa e instituições parceiras para promover a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.
A metodologia de capacitação dos produtores inclui orientações técnicas sobre cultivo de algodão agroecológico e orgânico, através da prática e da experimentação participativa, com a implantação de unidades de aprendizagem e pesquisa (UAPs), respeitando os saberes locais e promovendo uma produção sem o uso de insumos químicos e com consciência ambiental. O aprendizado vai desde a produção (com foco conservacionista), certificação e comercialização da pluma no comércio justo, com preços diferenciados.
O algodão agroecológico é uma tecnologia voltada para a sustentabilidade econômica, ambiental e social, alinhado à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas – ONU. Nesta agenda foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados no Brasil e no mundo. As tecnologias se alinham especialmente ao Selo ODS 12 – Produção e Consumo Sustentáveis.
Fonte: Embrapa
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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