Agricultura familiar no MT? Sim, é possível e tem dado muito certo

É uma ação onde se procura ações mais efetivas na zona rural e essa ação mais efetiva é no sentido de organizar a produção.

Quando se fala em Mato Grosso, logo se imagina grandes lavouras não é mesmo? Pois é, realmente o estado é conhecido pela alta produção, mas também tem agricultura familiar por lá e tem dado muito certo e o que é produzido nessas áreas menores, abastece a população local.

Exemplo disso está na propriedade do seo Lucindo Evangelista da Cruz, ele tem uma pequena área, mas soube aproveitar muito bem para produzir hortaliças que trabalha há 18 anos no agro e há 5 se dedica à agricultura familiar: “Graças a Deus estamos contentes porque evoluiu bastante coisa. A maioria vai para o centro de distribuição todos os dias”, disse.

Lucindo Evangelista da Cruz, produtor que integra o Agro da Gente.

E tudo isso faz parte do programa Agro da Gente, uma iniciativa que virou lei e vai atender mais de duas mil famílias, estimulando a agricultura familiar e o produtor de pequena propriedade em quatro cadeias produtivas: peixe, FLV (fruta, legume e verdura), frango e leite, levando tecnologia, apoio técnico, qualificação e recursos necessários, garantindo aos consumidores, alimentos certificados e com selo de qualidade.

“O programa Água da Gente é um programa que foi criado para fortalecer as cadeias produtivas do município e nós elencamos cinco cadeias produtivas para a gente começar essa inserção das ações efetivas de fortalecimento da produção, capacitação, qualificação do produtor e, principalmente, o estabelecimento das parcerias com as unidades consumidoras de matéria prima. É uma ação onde se procura ações mais efetivas na zona rural e essa ação mais efetiva é no sentido de organizar a produção e entregar matéria prima junto aos empresários, aos consumidores finais”, explica Reginaldo Fonseca Lemos, coordenador da cadeia produtiva de frutas, legumes e piscicultura.

Foto: Lucas Coutinho/Agronews

O programa virou lei em 2022 e está em ampla expansão, às famílias estão sendo cadastradas para integrar o projeto. “Junto com os cadastros estão ocorrendo modificações. Porque por mais que você crie um programa, é no campo que você enxerga onde estão as demandas e qual é a demanda que o produtor necessita. Então, quanto mais próximo da produção, quanto mais próximo da zona rural, mais a gente vai atuando naquilo que o produtor efetiva precisa do poder público e das unidades parceiras”, detalhou.

Foto: Lucas Coutinho/Agronews

O programa agro da gente é uma comprovação de que o agronegócio está em tudo e não tem tamanho, afinal até no Mato Grosso conhecido pelas propriedades e produções gigantes a agricultura familiar também é fundamental.

“Quando se fala em Mato Grosso, o estado do agronegócio a gente logo pensa na questão do milho, sorgo, algodão, girassol, carne. São as grandes commodities que são relacionados a isso. Mas nós temos que entender que nós temos aqui na Baixada Cuiabana e mais especificamente para Várzea Grande, mais de 1 milhão de pessoas para alimentar e os alimentos eles têm que passar pelas frutas, legumes e verduras. Então, o entorno dessas cidades que compõe o vale do Rio Cuiabá, eles são responsáveis por esse atendimento alimentar em produção saudável, sustentável a essas famílias que residem aqui. Então, por mais que nós tenhamos um estado produtivo, na condição das chamadas ciclos de monocultura, as policulturas relativas à agricultura familiar, elas estão postas aqui no município de Cuiabá, em Várzea Grande. Tudo é importante, tudo é agro e a gente tem que lembrar que o agro é tudo aquilo que acontece da porteira para fora. Então quer dizer, não tem tamanho. O agro acontece em propriedades de 1000 metros quadrados ou de 100 mil hectares”, finaliza Reginaldo.

Fonte: Sou Agro net

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