
Previsão para a primeira semana de junho traz alerta climático para Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com chuva e risco de granizo e prejuízos nas lavouras. Norte e Nordeste enfrentam calor e seca.
A primeira semana de junho começa com alerta de tempo severo para três regiões brasileiras. De acordo com informações da Climatempo e do Canal Rural, chuvas com acumulados de até 100 mm, ventos que podem ultrapassar os 100 km/h e risco de granizo colocam em alerta áreas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Enquanto isso, o Norte e o Nordeste enfrentam uma combinação de calor intenso, tempo seco e chuvas localizadas, o que acende o sinal amarelo para o avanço das atividades agrícolas em parte do país.
Teremos um “retrato do clima brasileiro”: tempestades severas no Sul e Sudeste, seca intensa no interior do país, calor extremo em diversas regiões e risco de alagamentos no Norte e Nordeste. Agricultores, transportadores e população em geral devem ficar atentos aos alertas meteorológicos.
Sul: alerta de temporais, granizo e prejuízo para as lavouras
Uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai impulsiona a formação de nuvens carregadas sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com risco de temporais já no início da semana.
Entre os dias 3 e 4 de junho (terça e quarta-feira), a atuação de um cavado atmosférico intensifica o quadro e eleva o risco de granizo e ventos acima de 100 km/h em Santa Catarina, Paraná e centro-norte do RS. Os volumes de chuva podem atingir de 70 a 100 mm, trazendo risco de alagamentos urbanos e perdas em áreas rurais.
A safrinha de milho, em especial, está em risco, principalmente nas lavouras de Santa Catarina e do Paraná. No sudeste gaúcho, o tempo segue firme, sem previsão de temporais. As manhãs continuam frias, mas as temperaturas sobem à tarde, podendo chegar a mais de 30 ºC no norte do Paraná.
Sudeste: risco de granizo e impacto na cana e no café
A infiltração de umidade do oceano traz chuvas fracas a moderadas para o leste de São Paulo, sul do Rio de Janeiro, além do Espírito Santo. Contudo, no interior dos estados, o tempo permanece mais firme, com tardes quentes.
Entre terça (3) e sexta-feira (6), fortes tempestades devem atingir São Paulo, sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro, com possibilidade de granizo e ventos de até 100 km/h.
As chuvas devem atrasar a moagem da cana-de-açúcar, principalmente em SP, onde os acumulados podem chegar a 50 mm. No sul de Minas, a colheita do café pode ser prejudicada, com previsão de 20 a 30 mm de chuva. Em áreas como o noroeste mineiro, o tempo será seco e quente, com máximas que podem atingir 36 ºC.
Centro-Oeste: ventos fortes, pancadas e calor extremo
A mesma baixa pressão que atua no Sul influencia o tempo em partes do Centro-Oeste. No início da semana, há previsão de chuvas no oeste e sul do Mato Grosso do Sul, com temperaturas mais amenas.
Na terça-feira, há alerta para tempestades em Mato Grosso do Sul e sul de Goiás, com granizo e ventos de até 100 km/h. Apesar disso, os volumes não passam de 20 mm, o que não impede as operações no campo, mas exige cautela.
Já no centro-norte de Goiás e em grande parte de Mato Grosso, o tempo permanece firme e muito quente, com máximas entre 36 ºC e 37 ºC, especialmente no norte goiano e nordeste mato-grossense.
Nordeste: calor intenso no interior e chuva volumosa no litoral
Enquanto o interior do Nordeste segue com tempo seco, especialmente no sul do Piauí e norte da Bahia, o litoral pode enfrentar chuva intensa, sobretudo entre Sergipe e Alagoas, inclusive nas capitais.
A faixa leste da região terá acumulados entre 10 e 20 mm, com umidade ainda em bons níveis. No oeste da Bahia, tempo seco e quente favorece a colheita do algodão. Já Maranhão, Piauí e Ceará devem seguir com tempo firme, propício às atividades agrícolas.
Norte: extremos entre alagamentos e seca
O tempo será instável no norte do Amazonas, noroeste e litoral do Pará, Roraima e Amapá, com volumes acima de 100 mm em algumas áreas. O alerta é para possíveis prejuízos logísticos, com impacto no escoamento da produção agrícola.
No restante da região, como Acre, Rondônia e Tocantins, o tempo seco e quente domina. Em Tocantins, a restrição hídrica ameaça a lavoura de milho safrinha, enquanto Acre e Rondônia seguem com condições favoráveis para a colheita do café.
Previsão do tempo para junho: frio, seca e amplitude térmica
De acordo com a Climatempo, o mês de junho de 2025 será marcado por:
- Dois episódios de frio intenso, com destaque para a primeira e a última semana do mês;
- Risco elevado de geada no Sul, parte do Centro-Oeste e Sudeste;
- Eventos pontuais de neve em áreas serranas do Sul;
- Amplitude térmica diária acentuada, com variações superiores a 15 ºC em muitos pontos.
A chegada do solstício de inverno, no dia 20 de junho, às 23h42, contribui para noites mais longas e perda radiativa acentuada, o que reforça o resfriamento noturno.
Junho representa o auge da estação seca no Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste e parte do Norte. Nessas áreas, a umidade relativa do ar deve oscilar entre 20% e 30%, impactando diretamente a saúde da população e a produtividade agrícola.
A costa leste do Nordeste, entre Salvador e Natal, continuará sob influência de frentes frias e da umidade marítima, com previsão de chuvas volumosas — principalmente entre Aracaju e Natal, onde ondas de leste podem provocar acumulados elevados.
A redução da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) marca o início de um período mais seco no extremo norte do país, embora ainda possa haver eventos pontuais de chuva forte em Roraima, Amapá e norte do Amazonas.
Nas demais áreas, como Acre, Tocantins e Rondônia, o tempo seco e quente deve predominar, mantendo dificuldades para culturas dependentes de água e favorecendo a colheita de grãos e café em algumas regiões.
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