Alerta Vermelho: Ciclone extratropical traz risco de tempestades severas ao Sul

Inmet emite alerta vermelho para o Sul devido a um ciclone extratropical. Previsão de ventos acima de 100km/h, granizo e riscos ao agronegócio.

A estabilidade climática na região Sul do Brasil será bruscamente interrompida nas próximas horas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) elevou o nível de atenção para alerta vermelho, sinalizando um cenário de grande perigo decorrente da formação de um novo ciclone extratropical.

O sistema, associado ao avanço de uma frente fria, cria condições propícias para fenômenos severos que ameaçam tanto a infraestrutura urbana quanto a produção agropecuária.

Potencial destrutivo do ciclone extratropical no campo

Os modelos meteorológicos indicam uma mudança drástica na atmosfera, com projeções de chuvas torrenciais. A preocupação central gira em torno da intensidade da precipitação: volumes superiores a 60 milímetros podem cair em apenas uma hora, com acumulados diários rompendo a barreira dos 100 milímetros.

Além da água, a força dos ventos preocupa o setor produtivo. Este ciclone extratropical tem energia suficiente para gerar rajadas acima de 100 km/h e precipitação de granizo. Para o agronegócio, isso traduz-se em riscos diretos:

  • Danos estruturais: Destelhamento de galpões, silos e instalações de animais;
  • Logística: Queda de árvores e alagamentos podem bloquear estradas vicinais e rodovias, prejudicando o escoamento;
  • Lavouras: O tombamento de plantas e perdas físicas por granizo são possibilidades reais em culturas de inverno e hortifruti.

A área de abrangência é vasta, cobrindo zonas estratégicas de produção no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, incluindo o Vale do Itajaí e regiões serranas, além das áreas metropolitanas das capitais.

Protocolos de segurança e mitigação de danos

Diante da classificação de “grande perigo” atribuída ao ciclone extratropical, as recomendações de segurança são estritas. A orientação oficial é para o desligamento da rede elétrica principal em propriedades rurais e residências durante os picos de tempestade para evitar curtos-circuitos.

Em caso de elevação súbita do nível das águas, a prioridade deve ser a vida humana: buscar abrigo seguro e evitar áreas abertas. Documentos e patrimônios móveis devem ser protegidos contra a umidade sempre que possível.

Reflexos no Sudeste e Centro-Oeste

A influência deste sistema de baixa pressão ultrapassa as fronteiras do Sul. Dados de monitoramento via satélite (GOES-19), citados pela Defesa Civil de São Paulo, mostram que a gênese do ciclone extratropical já altera o tempo no Sudeste. A capital paulista e arredores enfrentam precipitações fortes e ventos que oscilam entre 60 km/h e 70 km/h.

A Climatempo observa que, embora o “olho” do sistema não passe fisicamente sobre o Sudeste ou Centro-Oeste, sua “cauda” espalha instabilidade. Produtores em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul devem ficar atentos a temporais isolados e ventania, embora estas regiões não estejam sob o alerta vermelho máximo vigente no Sul.

“A dinâmica atmosférica mostra que, enquanto o centro do sistema avança para o mar, ele impulsiona ventos fortes e instabilidade para partes do Sudeste e Centro-Oeste, mesmo sem cruzar diretamente estes territórios”, analisa a consultoria meteorológica.

Perspectiva para os próximos dias

A atuação do ciclone extratropical deve ditar o ritmo do clima no centro-sul brasileiro até a próxima quinta-feira (11). A trajetória prevista indica que o núcleo do ciclone chegará à costa gaúcha entre a madrugada e a manhã de quarta-feira.

Posteriormente, o sistema tende a migrar para alto-mar, afastando-se progressivamente do continente. Esse movimento deve permitir o retorno gradual da estabilidade atmosférica no final da semana, permitindo que os produtores rurais avaliem eventuais prejuízos e retomem as atividades de campo.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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