Amêndoas de caju quebradas são base para produto análogo a queijo cremoso simbiótico

A castanha-de-caju, que teve uma produção global de 1,09 milhão de toneladas em 2022-2023, é reconhecida por sua riqueza em nutrientes.

Em uma inovação para o setor de alimentos plant-based, a Embrapa Agroindústria Tropical – Fortaleza (CE) desenvolveu um produto análogo a queijo cremoso simbiótico feito a partir de amêndoas de caju quebradas. Este novo produto visa oferecer uma alternativa, nutritiva e funcional, aos queijos tradicionais, aproveitando o valor nutricional da castanha-de-caju, um produto de destaque na região Nordeste do Brasil. Simbiótico é a combinação de prebiótico e probiótico, sendo frequentemente considerado mais eficaz porque fornece tanto bactérias benéficas quanto o alimento que elas precisam para crescer. A publicação sobre o produto pode ser acessada pelo link 

A castanha-de-caju, que teve uma produção global de 1,09 milhão de toneladas em 2022-2023, é reconhecida por sua riqueza em nutrientes. O processo de fabricação do produto análogo a queijo cremoso utiliza amêndoas de caju quebradas, que, apesar de terem menor valor comercial, mantêm o mesmo valor nutritivo, tornando-as uma excelente opção para formulações de produtos.

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As etapas incluem tratamento térmico das amêndoas para reduzir contaminação, hidratação por 24 horas, trituração com água para formar uma massa homogênea, fermentação com cultura starter RSF-736, e a adição de ingredientes como óleo de coco, sal, frutooligossacarídeos (FOS) como prebiótico, *Bifidobacterium animalis* BB-12 como probiótico, e goma xantana.

A composição centesimal do produto final é de 56,9% de umidade, 18,6% de lipídios, 1,5% de cinzas, 5,8% de proteínas e 17,2% de carboidratos. O teor de FOS é de 9,17g/100 do produto, atendendo à legislação brasileira para prebióticos. O produto análogo a queijo atendeu ainda aos requisitos de células viáveis de probióticos.

A avaliação sensorial do novo produto foi realizada nove dias após a fabricação, tendo em vista o prazo necessário para liberação do resultado da qualidade microbiológica, obtendo uma média de 7 para aceitação global, o que equivale a “gostei”, e uma intenção de compra classificada entre “provavelmente compraria” e “certamente compraria”, representando uma alternativa plant-based promissora para consumidores que buscam alimentos funcionais e enriquecidos.

O projeto recebeu apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da própria Embrapa, e contou com a doação de amêndoas de caju pela Usina Brasileira de Óleos e Castanha Ltda (Usibras).

Fonte: Embrapa

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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