Angus e Ultrablack impulsionam a pecuária brasileira e consolidam expansão nacional

Com crescimento nas vendas de sêmen, avanço dos registros e quase meio milhão de abates certificados, genética Angus e Ultrablack reforça protagonismo no mercado de carne premium no Brasil

A pecuária brasileira vive um momento decisivo na qualificação de seus rebanhos, e dois nomes ganham destaque absoluto: Angus e Ultrablack. A consolidação genética dessas raças, impulsionada pelo desempenho comprovado no campo e pela valorização da carne de qualidade superior, vem transformando a bovinocultura de corte em diversas regiões do país. Produtores investem cada vez mais nessas linhagens, confiantes na eficiência produtiva, na adaptabilidade e no retorno econômico que elas proporcionam.

Os números mais recentes revelam que a genética Angus e Ultrablack não apenas evolui — ela escala. O avanço registrado em 2025 demonstra que o Brasil segue em rota de intensificação da produção com foco em qualidade, padronização de carcaças e desempenho reprodutivo.

A força da genética Angus no Brasil

Os dados consolidados de janeiro a outubro de 2025 apontam que o rebanho Angus continua em franca expansão. Somando as categorias PO, PA e PC, o país alcançou 730.047 animais registrados, um indicativo claro da crescente adoção da raça nas fazendas brasileiras. Essa tendência acompanha um movimento global de valorização da carne premium, no qual a Angus funciona como referência de marmoreio, maciez e rendimento de cortes.

Outro ponto de destaque é o uso crescente da genética Angus em cruzamentos industriais. O país já soma 692.033 animais sob Controle Genealógico (CCG) e TAC – Terneiros Angus Certificados, reforçando a preferência dos pecuaristas por um modelo produtivo que entrega mais arrobas por hectare, melhor acabamento e maior liquidez no mercado.

Ultrablack: adaptação e desempenho que conquistam espaço

Se a Angus segue consolidada, a raça Ultrablack — fruto do cruzamento entre Angus e Brangus — vive um avanço ainda mais expressivo no território nacional. Com uma combinação de rusticidade, adaptabilidade ao trópico e qualidade de carne, ela se posiciona como alternativa estratégica para sistemas de produção de clima quente.

Em 2025, o país registrou 6.817 animais Ultrablack, número que cresce rapidamente à medida que a raça demonstra eficiência em sistemas de pasto, suplementação e confinamento. A expansão geográfica, mostrada no mapa, indica presença significativa da Ultrablack do Sul ao Centro-Oeste e avanço consistente em novas fronteiras pecuárias.

Vendas de sêmen crescem e mostram preferência dos pecuaristas

O uso de inseminação artificial com genética Angus segue em trajetória ascendente. De janeiro a outubro de 2025, o segmento registrou crescimento de 34,65% nas doses de sêmen comercializadas. O salto confirma que o produtor brasileiro está mais tecnificado e atento à necessidade de acelerar o ganho genético do rebanho.

Esse aumento também reflete maior profissionalização na cria e recria, buscando novilhos mais precoces, com melhor desempenho em engorda e maior valorização no frigorífico.

Reprodução Instagram/Associação Brasileira de Angus e Ultrablack

Carne Angus Certificada ultrapassa 488 mil abates

No mercado, o resultado aparece de forma direta. O Programa Carne Angus Certificada, reconhecido como um dos mais importantes do país na categoria premium, registrou 488.282 abates entre janeiro e outubro de 2025.

O número demonstra a força da marca no varejo e no food service, além do crescente interesse do consumidor brasileiro por carnes de maior qualidade, rastreadas e com padrões rigorosos de seleção.

A expansão dos abates certifica que a pecuária intensiva nacional está caminhando para um patamar mais competitivo, elevando a qualidade da carne produzida e fortalecendo a posição do Brasil nos mercados interno e internacional.

Pecuária brasileira: Um futuro moldado pela genética

Com crescimento contínuo dos rebanhos, maior adesão dos produtores e resultados sólidos nos programas de certificação, Angus e Ultrablack tornam-se protagonistas de uma nova fase da pecuária brasileira. A evolução genética registrada em 2025 aponta para um cenário de maior eficiência, rentabilidade e padronização — fatores essenciais para que o país continue líder na produção de proteína animal e referência em carne de qualidade superior.

A trajetória dessas raças revela um movimento claro: quem investe em genética de ponta colhe diferencial competitivo no pasto, no confinamento e no mercado.

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