
Animais vítimas de queimadas são evacuados de centro de cuidados no Pantanal após nova ameaça de incêndio em MT; Até o momento, um tamanduá, uma anta e um veado já foram retirados da base de cuidados. Uma onça parda aguarda transferência.
Uma nova ameaça de incêndio florestal na região do Pantanal, no estado do Mato Grosso, obrigou a evacuação urgente de animais silvestres resgatados de queimadas anteriores. A operação foi conduzida por diversas entidades ambientais e teve como objetivo proteger os animais já debilitados, que estavam em tratamento após serem salvos de outros focos de incêndio.
O incêndio que se aproximou da unidade de tratamento estava localizado a apenas quatro quilômetros da base, localizada na Transpantaneira, próxima à cidade de Poconé, a 104 km de Cuiabá. A coordenação da evacuação foi realizada pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) Emergência Fauna Pantanal 2024, composto pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Diante do risco iminente, o comando determinou a retirada imediata dos animais.
A veterinária do Ibama, Marília Gama, explicou a gravidade da situação: “Com base nas informações do SCI Fogo, os focos de incêndio estavam a apenas quatro quilômetros da base, levando o comando a recomendar pela evacuação imediata dos animais”.
Espécies Transferidas e Destinos
A operação conseguiu transferir quatro animais: um tamanduá, um veado, uma anta e uma onça-parda. Os três primeiros, todos com ferimentos nas patas decorrentes de queimaduras, foram levados para o Posto de Atendimento Emergencial de Animais Silvestres (PAEAS), situado na entrada da Transpantaneira, onde continuam recebendo cuidados intensivos.
A onça-parda, que chegou à unidade ainda filhote, está em processo de reabilitação para futura soltura. Ela será transferida para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), no Mato Grosso do Sul, onde passará por tratamentos mais avançados até estar pronta para retornar ao seu habitat natural.
Apoio das Brigadas e Corporação de Bombeiros
A proteção das estruturas da base e dos animais foi feita com o suporte do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso, além das brigadas do ICMBio e do Prevfogo/Ibama, que trabalharam incessantemente para impedir que o fogo avançasse e colocasse ainda mais vidas em risco.
A Importância da Colaboração Interinstitucional
Essa ação emergencial faz parte de um esforço contínuo de proteção à fauna do Pantanal, que vem sofrendo com os constantes incêndios nos últimos anos. A atuação conjunta de entidades como o Ibama, ICMBio, Sema/MT e o Instituto Ampara Pantanal mostra a importância da colaboração entre diferentes órgãos e entidades de conservação da biodiversidade no Brasil.
“A articulação rápida e eficiente entre as instituições foi essencial para o sucesso da operação. Assim que a base estiver segura novamente, os animais retornarão para completar seus tratamentos e reabilitações”, reforçou Marília Gama.

Causas dos Incêndios no Mato Grosso
Apesar de o desmatamento na Amazônia ter apresentado uma queda de 21,8% no último ano, o uso do fogo para “limpar” áreas de vegetação derrubada continua sendo uma prática comum, o que agrava a situação de queimadas no Pantanal. Segundo a WWF Brasil, o número de focos de incêndio na Amazônia é o maior registrado desde 2004, ampliando o risco de destruição das áreas florestais e colocando em perigo a fauna local.
Um Desafio Contínuo para a Preservação do Pantanal
O trabalho de resgate e cuidado com os animais vitimados pelas queimadas no Pantanal é uma tarefa árdua e contínua. As equipes de veterinários e voluntários estão dedicadas a garantir que esses animais recebam o tratamento necessário para sua recuperação, mesmo em meio a novas ameaças de incêndios. O esforço para manter a biodiversidade dessa região única, que é um dos maiores biomas do mundo, depende de ações rápidas e coordenadas como essa.
Em resumo, a evacuação dos animais vítimas das queimadas reforça a fragilidade do ecossistema do Pantanal e a importância de ações coordenadas para a proteção da fauna em momentos críticos.
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