
Atualmente sobram apenas R$ 74 do salário mínimo após a compra de uma cesta básica, e pela prévia do IPCA-15, com a inflação disseminada, deve sobrar ainda menos nos próximos meses.
Com o mês de março registrando o maior índice de inflação para o período desde 1994, o brasileiro viu seu poder de compra cada vez mais corroído. Segundo o cálculo apontado por Sergio Lamucci, editor executivo do “Valor Econômico”, atualmente sobram apenas R$ 74 do salário mínimo após a compra de uma cesta básica, e pela prévia do IPCA-15, com a inflação disseminada, deve sobrar ainda menos nos próximos meses.
“No IPCA 15 de abril, 78% dos itens subiram. É o mais alto desde fevereiro de 2003. Ou seja, a inflação está disseminada, os serviços estão subindo, os bens industriais estão subindo. É uma inflação que não se restringe ao alimento, e esse é o maior drama de hoje”, explica Lamucci.
Para o editor do “Valor Econômico”, a corrosão do poder de compra é “o calcanhar de Aquiles” do governo Bolsonaro nas eleições de 2022 – o primeiro a completar o mandato com o valor do salário mínimo mais baixo do que quando iniciou. Segundo Lamucci, isso indicaria as manobras do presidente “para tirar o foco da economia.”
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“Isso ajuda a explicar porque essa tentativa de se descolar da responsabilidade pelo aumento do preço dos combustíveis. Agora, o eleitor costuma identificar a inflação com quem está no poder. Isso é o que assusta o presidente, então ele tenta fazer esse malabarismo de afastar qualquer responsabilidade pelo que ocorre com os preços dos combustíveis.”
Fonte: G1