Arroba: Escalas de abate mais curtas que “coice de porco”

Os frigoríficos estão disputando o boi gordo para garantir as escalas de abate; Preço da arroba se mantem firme em R$ 210 para exportação.

Na praça paulista, a dificuldade em adquirir a matéria-prima resultou em pressão positiva sobre o preço da arroba do boi gordo. O boi ‘’comum’’ subiu 0,5% na comparação feita dia a dia, o que significa alta de R$1,00/@ e está cotado em R$203,00/@, a prazo e bruto, R$202,50/@ com desconto do Senar e R$200,00/@ com desconto de Funrural e Senar.

Para os animais de até quatro dentes, cujo destino é o mercado chinês, há ofertas de compra de até R$10,00/@ acima da referência.

Mercado externo 

Na primeira semana de junho o Brasil exportou 27,38 mil toneladas de carne bovina in natura e uma receita de US$118,73 milhões (Secex). O volume médio diário embarcado foi de 5,47 mil toneladas, retração de 9,1% comparado a junho de 2019.

Norte de Minas Gerais

Na região a cotação do boi gordo subiu 2,0% ou R$4,00/@, e ficou cotada em R$200,00/@, considerando o preço bruto, a prazo, R$199,50/@, com desconto do Senar, e R$197,00/@ com desconto do Funrural e Senar.

Preços na Agrobrazil

Negócios informados no app da Agrobrazil, mostraram um maior volume de animais negociados, principalmente para animais com destino ao mercado de exportação. Confira!

Pecuaristas de Rancharia/SP, informaram negócios de R$ 210/@ com prazo de oito dias e abate para 12 de junho. Lembrando que são animais com destino a exportação. Para a mesma categoria, em Brasilândia/MS, o preço foi de R$ 190/@ a prazo e abate para o dia 15 de junho.

Com destino ao mercado interno, em São Paulo, no município de Adamantina, os preços foram de R$ 205/@ à vista e abate para o dia 16 de junho. Em Mineiros/GO, o preço ficou em R$ 195/@ à vista e abate para o dia 12 de junho. Já em Anaurilândia/MS, o preço foi de R$190/@ com prazo de 20 dias e abate para o dia 12 de junho.

O momento é de cautela por parte da indústria, com os possíveis cenários para o mercado de exportação e demanda chinesa, além da influência do dólar. As grandes continuar ofertando melhores preços e queimando a margem que possuem. Confira os cenários elaborados pelo app:

Mercado Futuro e Futuro do Mercado

O Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, destacou que os preços atuais do mercado futuro estimulam os produtores rurais a investir no confinamento no segundo semestre. “A arroba nos patamares de R$ 206,00 a R$ 210 no final do ano traz um alívio para os pecuaristas”, comenta.

No entanto, custo elevado da reposição e incertezas sobre a demanda por carnes podem limitar decisão de ampliar oferta.

Além disso, a valorização de preços no mercado futuro estimula os produtores aumentaram a oferta de animais para os próximos meses. No entanto, as perspectivas para o consumo interno devem ter ritmo lento com os efeitos do isolamento social. “As exportações representam 25% da nossa produção e o restante fica no mercado interno. As atividades econômicas vão ser retomadas, mas não como era antes”, aponta.

Por outro lado, as compras chinesas estão impulsionando altas nos valores ofertados pela a indústria neste ano. “A China está comprando muita carne brasileira, mas precisamos entender que como será a demanda asiática para os próximos meses e como outros países vão continuar aumentando as suas compras para o produto brasileiro”, afirma.

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