Bayer realiza encontro para discutir avanços nas culturas de milho e de soja

Evento comemora também os 20 anos da unidade em Sorriso, que é um centro estratégico de inovação em Pesquisa e Desenvolvimento para a América Latina

O município de Sorriso, em Mato Grosso, é conhecido como a capital nacional do agronegócio e o maior produtor de soja do mundo, com quase 600 mil hectares de área plantada, produzindo mais de 2 milhões de toneladas do cereal por safra, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É também onde há 20 anos a Bayer instalou uma unidade, que hoje é um dos centros estratégicos de inovação em Pesquisa e Desenvolvimento para a América Latina. O local foi escolhido para o sediar o segundo evento da iniciativa do Clube da Inovação Soja, movimento liderado pela Bayer, que foi criado para defender, incentivar tecnologia, inovação e sustentabilidade na cadeia da soja.

Foto: Divulgação

“A unidade é uma peça-chave para nossa atuação. Tem capacidade de analisar mais de meio milhão de plantas de soja por ano e testar 25 mil potenciais linhagens em estágio inicial de pesquisa. Em milho, mais de 75 mil plantas são polinizadas e utilizadas para gerar híbridos para todo o país, principalmente para a segunda safra dos Cerrados”, comenta Geraldo Berger, vice-presidente para Assuntos Regulatórios para América Latina da divisão agrícola da Bayer. “Além disso, é um importante polo para conduzirmos testes que vão promover as melhores soluções para os problemas atuais enfrentados pelos produtores da região, como a podridão de grãos e vagens da soja.” Além de Sorriso, a Bayer está ampliando os investimentos em Mato Grosso com a inclusão de mais quatro unidades de pesquisa e desenvolvimento.

No evento, também foi lançado o livro “Biotecnologia Agrícola no Brasil: Oportunidades e desafios da inovação nos próximos dez anos”, escrito por Anderson Galvão, CEO da Céleres Consultoria e Ivan Wedekin, ex-secretário de Política Agrícola, engenheiro agrônomo e consultor, com apoio da Bayer.

Foto: Reginaldo Resende Coelho

O livro compila dados de pesquisas e levantamentos dos benefícios econômicos, agronômicos e ambientais do uso da biotecnologia agrícola no Brasil nos últimos vinte anos, como conta Galvão. “Ao longo das duas últimas décadas, o país consolidou a sua posição como uma das principais lideranças na produção agrícola, gerando inúmeros benefícios não só para a sociedade brasileira, através do aumento do PIB agrícola, da estabilidade financeira por conta dos saldos expressivos de balança comercial e pela oferta abundante de alimentos, mas também para o mercado externo, com sendo uma peça fundamental para a segurança alimentar global.”

Além de explorar os desafios de como manter os processos de inovação em condições favoráveis para que a produtividade e a eficiência do setor agrícola siga crescendo nos próximos dez anos, Galvão comenta que por trás desse crescimento, está a engrenagem de um arranjo entre ambiente institucional e regulatório. “Essa engrenagem que dá segurança para que os agentes privados e públicos façam investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que, em última instância, auxiliam o produtor rural no crescimento do negócio agrícola brasileiro”.

Especialistas discutem desafios da soja e milho

Durante o encontro, especialistas apresentaram caminhos e soluções desenvolvidos a partir de pesquisas e estudos sobre um tema bastante relevante para os produtores da região: podridão de grãos e vagens da soja. Além de traçar um cenário sobre o futuro das culturas.

Há pelo menos quatro safras, produtores de soja em Mato Grosso, têm relatado o apodrecimento de grãos e vagens durante a fase de enchimento de grãos. Em busca de possíveis soluções para o problema, uma parceria entre a Bayer e uma rede composta por instituições de pesquisa como a Embrapa, Fundação MT e empresas de consultorias estão conduzindo experimentos de forma integrada para entender a questão e como amenizar os impactos, explica Miller Lehner, melhorista de soja da Bayer.

“Investimos globalmente cerca de 2,8 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento por ano para buscar soluções para os desafios atuais e futuros enfrentados no campo. Diante dos estudos que temos desenvolvido, observamos que o manejo integrado de doenças, incluindo o uso de sementes sadias, variedades resistentes/tolerantes, seleção das melhores biotecnologias para a região, uso de defensivos, como fungicidas, e produtos biológicos, assim como o cuidado com o solo, são fundamentais para enfrentarmos todo e qualquer obstáculo que possa vir a aparecer”, destaca Lehner.

A Bayer tem trabalhado ao lado de agricultores, pesquisadores de diversas instituições e da cadeia produtiva para entregar o que há de mais avançado em inovação no campo, desde a introdução do plantio direto na década de 1970, passando pela chegada das primeiras cultivares de soja geneticamente modificada, até o lançamento recente da terceira geração de biotecnologia em soja, a Plataforma Intacta2 Xtend, explica Fernando Prudente, diretor de negócios de soja e algodão da divisão agrícola da Bayer.

“A Plataforma Intacta2 Xtend, por exemplo, está elevando a produtividade da soja brasileira a um novo patamar. Dezenas de produtores já atestaram isso, com colheitas acima de 100 sacas de soja por hectare nas últimas safras e, em breve, contaremos com novas soluções no mercado, que já estão sendo testadas em campo”, afirma o executivo.

Além de inovações para a sojicultura, a companhia apresentou novidades para o portfólio de milho, entre elas o milho de baixa estatura, parte do Smart Corn System e a ampliação de pesquisas voltadas para o lançamento de novos híbridos.

A unidade de Sorriso também apoia a equipe de teste na avaliação de 46 mil parcelas de soja e 57 mil parcelas de milho, o que representa mais de 650 mil dados para serem usados em avaliações de teste para as duas culturas.

“Estamos empenhados em oferecer as melhores soluções para os produtores. Na unidade de Sorriso, pudemos apresentar as próximas fronteiras desta inovação e também as pesquisas em relação aos diferentes problemas enfrentados pelos agricultores nas lavouras do país”, Prudente.

O tema de combate a cigarrinha do milho também foi um dos destaques, uma vez que a praga é capaz de reduzir em mais de 70% a produção de grãos em uma lavoura, segundo a Embrapa. “Desde a safra 2021/22 a Bayer, junto da agtech SIMA, vem monitorando as lavouras de milho por meio do Esquadrão de Combate à Cigarrinha. Por meio de uma rede colaborativa entre consultores, agricultores e pesquisadores, são gerados mapas e relatórios em tempo real que ajudam o produtor a tomar decisões baseadas em dados, evitando os danos causados pelo complexo de enfezamento”, conta Rodrigo Nuremberg, diretor de negócios de milho da Bayer.

Nuremberg também ressalta que além do monitoramento continuo, aplicar práticas que envolvem manejo integrado de pragas (MIP) e adotar medidas de controle químico tem colaborado para a diminuição das perdas nas lavouras.

Clube da Inovação Soja

Lançado em março de 2023, o Clube da Inovação Soja é uma iniciativa que pretende discutir a evolução do setor, resolver gargalos, debater questões técnicas e qualquer assunto que promova mais inovação, tecnologia e sustentabilidade da cultura no Brasil. Trata-se de uma coalização em prol da inovação e desenvolvimento da agricultura brasileira.

“Somos uma empresa com um importante norteador de colaboração e cocriação, ancorada no modelo de inovação aberta, e essa coalizão é reflexo disso. Sabemos da importância de nos unirmos com diferentes agentes e profissionais do setor para conseguirmos dar ainda mais celeridade a soluções que fazem sentido para o agricultor. É a partir deste grupo que nascerão as principais inovações e decisões do futuro da sojicultura”, ressalta Fernando Prudente, da Bayer.

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