Em um cenário alternativo – que considera a introdução do B16 conforme diretriz do CNPE – o consumo pode ficar próximo de 11 milhões de m?.
São Paulo, 12 – A consultoria StoneX manteve suas projeções para o mercado de biodiesel: o consumo deve alcançar 9,8 milhões de m? em 2025, aumento de 9,0% em relação ao ano passado. Para 2026, a estimativa é de avanço de 6,4%, a 10,5 milhões de m?. Em um cenário alternativo – que considera a introdução do B16 conforme diretriz do CNPE – o consumo pode ficar próximo de 11 milhões de m?, elevando em cerca de 1 milhão de toneladas o uso de óleo de soja, disse a consultoria.
“O mercado de biodiesel tem mostrado um desempenho sólido, impulsionado pela forte demanda por diesel B e pelo avanço consistente da produção. A expectativa é que a diferença entre B14 e B15 continue se ampliando nos próximos resultados”, disse em nota o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Leonardo Rossetti.
No 5º bimestre, o consumo de óleo de soja permaneceu elevado, mas registrou leve recuo em relação ao período anterior, segundo a StoneX. As estimativas indicam 1,368 milhão de toneladas consumidas entre setembro e outubro, queda de 4,8% frente às 1,437 milhão de toneladas do 4º bimestre-considerando que parte da categoria “outros materiais graxos” também é composta por óleo de soja.
“Com esse movimento, a participação do óleo de soja no mix do biodiesel passou de 86,4% para 81,6%”, destacou Rossetti. “As projeções para 2025 foram mantidas, mas o desempenho mais fraco do bimestre levou a um pequeno ajuste no cenário de B16 para 2026, cuja estimativa recuou de 9,0 para 8,9 milhões de toneladas.” Por outro lado, acrescenta a consultoria, houve avanço no uso de sebo bovino. “Após média de 45,8 mil toneladas até agosto, o consumo saltou para 76,5 mil toneladas em setembro e 86,9 mil toneladas em outubro, elevando sua participação no mix para 8,7% e 9,5%, respectivamente.” Para a StoneX, o movimento decorre das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de sebo brasileiro, que reduziram as exportações de uma média mensal de 44 mil toneladas para 27 mil em setembro e 7,5 mil em outubro – os EUA respondem por mais de 90% desses embarques.