Arroba norte-americana chegou a US$ 99,90/@, destaca a Agrifatto. O valor é o maior preço nominal da história, enquanto o Brasil é superado por seus principais concorrentes no mercado internacional e tem o boi mais barato do mundo
O mercado do boi gordo brasileiro passa por uma turbulência nas cotações dos animais para abate que, ao longo dos últimos meses, vem sofrendo grandes desvalorizações. Reflexo disso, segundo as principais consultorias, é que hoje o Brasil possui o preço de gado mais baixo do mundo, quando comparado aos principais países produtores e exportadores de carne bovina. Mas afinal, qual o valor do boi brasileiro e, se o país tem menor valor, quem é que lidera com o boi mais caro do mundo? Confira.
A notícia de que o boi brasileiro segue desvalorizado frente aos outros países foi confirmado pelo acionista controlador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig, Marcos Molina, que também chegou a afirmar que a oferta de gado deve seguir “saudável” no Brasil em 2025. Segundo ele, hoje o Brasil possui o preço de gado mais baixo do mundo e isso vai ao encontro da estratégia da Marfrig de ampliar a aquisição de gado próprio.
Ranking dos preços da arroba do boi gordo pelo mundo
Considerando os principais produtores e exportadores de carne bovina do mundo, o grupo seleto de sete países possuí o boi brasileiro como sétimo colocado quando o assunto é preço da arroba do boi gordo. Apesar do país ser o maior produtor e exportador de carne bovina, o país vive um momento de pressão negativa nas cotações dos animais ocasionadas por diversos fatores, mas principalmente pela fase do ciclo pecuário.
O valor no último dia 25 de março, chegou ao nível de U$ 45,19/@. Nesse contexto, segundo os dados do Indicador do Boi Gordo do Cepea, o valor médio negociado nas praças atingiu o valor de R$ 232/@, após uma desvalorização diária de 0,13%.
Boi gordo dos EUA atinge maior nível de preço nominal da história. Arroba norte-americana chegou a US$ 99,90/@, destacou a Agrifatto, na última quarta-feira, 27. Os país vêm passando por sérios desafios climáticos, que afetaram a pecuária de corte, levando o preço do boi gordo a atingir maior nível nominal da história no País, afirmou a consultoria. Com isso, continua seu relatório, o país da América do Norte deve elevar importações de carne bovina nos próximos meses, favorecendo o Brasil.
“Além do problema estrutural de rebanho que os EUA estão lidando, o impacto das adversidades climáticas estão sendo sentidos nas cotações da arroba norte-americana, que atingiram US$ 99,90/@, o seu maior patamar histórico”, informa a consultoria.
Outro destaque do ranking é a Irlanda, país que menos tem sofrido variações nos preços dos animais para abate, mantendo o preço da sua arroba praticamente estável ao longo dos últimos meses. Confira abaixo os valores por países, segundo os dados divulgados pela AgroBrazil.

Preço do boi gordo atravessa 1º trimestre em queda
Desde o encerramento de dezembro, o preço médio da arroba do boi gordo no estado de São Paulo (representado pelo Indicador CEPEA/B3) caiu 20 Reais, ou 8% – o Indicador encerrou o ano de 2023 em R$ 252,30 e opera na casa dos R$ 232 nesta semana.
Segundo pesquisadores do Cepea, o lento ritmo de vendas de carne bovina no mercado doméstico, as escalas alongadas dos frigoríficos e, agora, a aproximação dos meses mais frios – quando as condições das pastagens pioram e pecuaristas são pressionados a elevar a oferta – influenciam as baixas nas cotações.
Cenário é pessimista para o segundo trimestre
O preço da arroba do boi gordo despencou no primeiro trimestre de 2024 no Brasil, e a perspectiva para o segundo trimestre é ainda mais negativa, segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Fernando Iglesias. Segundo Iglesias, é recomendável que os pecuaristas adotem medidas de proteção para o 2º trimestre deste ano, antecipando-se à provável queda de preços no mercado.
O papel da China no mercado do boi
Analisando o mercado internacional, Iglesias destaca o papel crucial da China nas importações de carne bovina do Brasil. Ele explica que, para o Brasil alcançar um desempenho econômico favorável, é fundamental que a gigante asiática também esteja em uma situação estável.
“Há desafios na China que remontam a 2023. As principais indústrias estavam lutando contra a inflação e, por isso, ofereceram taxas de juros mais altas. No entanto, com a China, a dinâmica é diferente: o país precisa estimular a economia com juros mais baixos e crédito acessível. O problema de manter taxas de juros baixas é que isso pode levar à desvalorização da moeda. A moeda chinesa está bastante desvalorizada no momento. Com a China sendo uma grande importadora global de commodities e líder em diversos setores, o mercado mundial vê os produtores chineses reduzindo os preços em dólares para compensar essa desvalorização”, explica Iglesias.
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