
Os preços dos animais para abate encerram o mês de agosto com uma das maiores valorizações do ano, recuperando e trazendo fôlego para a margem dos pecuaristas. O boi-China, já esta cotado a R$ 245/@ nas praças paulistas
O mercado físico do boi gordo registrou uma tendência de alta ao longo de agosto, impulsionado por fatores como a redução das escalas de abate, a forte demanda externa e o consumo doméstico aquecido. Nesta sexta-feira (30/8), último dia útil de agosto, o mercado dos animais para abate se mostrou novamente positivo para a ponta vendedora, com altas nos preços do “boi-China” e da vaca gorda em São Paulo, informa a Scot Consultoria.
Neste cenário, os preços dos animais para abate encerram o mês de agosto com uma das maiores valorizações do ano, recuperando e trazendo fôlego para a margem dos pecuaristas. O boi-China, já esta cotado a R$ 245/@ nas praças paulistas. “A exportação segue aquecida, enquanto a oferta de boiadas em pasto diminuiu notavelmente”, observa a Scot, acrescentando que a tendência de alta para o início de setembro vem se fortalecendo.
Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, “a atual posição das escalas de abate, que permanecem apertadas, e principalmente o desempenho das exportações e a boa demanda doméstica” foram determinantes para a valorização da arroba.
Crescimento das Exportações
O Brasil manteve sua posição como principal fornecedor de carne bovina no mercado global, com as exportações de carne fresca, congelada ou refrigerada rendendo US$ 730,315 milhões em agosto, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Foram exportadas 164,042 mil toneladas, com um aumento de 19,8% no volume médio diário em relação a agosto de 2023. Esses números reforçam a relevância do Brasil no cenário internacional, o que se refletiu nos preços internos da arroba.
Preços do Boi Gordo em Alta nas Principais Regiões Produtoras
Em 28 de agosto, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade a prazo registraram aumentos expressivos:
- São Paulo: R$ 242,53 (+5,4% em relação a julho).
- Goiás: R$ 235,32 (+4,85%).
- Minas Gerais: R$ 234,41 (+6,83%).
- Mato Grosso do Sul: R$ 242,50 (+6,76%).
- Mato Grosso: R$ 216,01 (+3,2%).
Dinâmica de Mercado e Expectativas para Setembro
O mercado do “boi-China” e da vaca gorda também apresentou valorização em São Paulo, com o primeiro atingindo R$ 245/@, um ágio de R$ 7/@ sobre o bovino comum. A Scot Consultoria destacou que “a exportação segue aquecida, enquanto a oferta de boiadas em pasto diminuiu notavelmente”. Essa dinâmica de oferta e demanda aponta para uma tendência de alta contínua nos preços no início de setembro.
Na Bolsa de Valores (B3), os contratos futuros de boi gordo continuaram em tendência positiva, com destaque para o vencimento de novembro/24, que alcançou R$ 253,50/@, o maior patamar registrado até o momento.
Impactos Climáticos e Perspectivas Futuras
O cenário climático também preocupa o setor, especialmente após os recentes incêndios no interior de São Paulo. A seca e as queimadas têm o potencial de agravar ainda mais a oferta de gado terminado para abate, podendo impactar negativamente a produção e, consequentemente, os preços.
A S&P Global Commodity Insight ressaltou que, “com o início do recebimento dos salários, a expectativa é de que a demanda por carne bovina se acentue, pressionando ainda mais os preços no mercado interno”. Esse contexto, aliado à menor oferta de animais, deverá continuar sustentando as altas de preço nas próximas semanas.
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