
“Esta alta foi superior à de 2020, quando a cotação subiu 33,6%”, diz a Scot, lembrando que, naquele período, vivia-se um processo de retenção de matrizes. E, neste ano de 2024, o abate de matrizes foi recorde.
A arroba do boi gordo registrou, em São Paulo – praça referência de preços do País -, a maior alta nominal em 2024 de cinco anos para cá, com 35,6% de janeiro a dezembro, informou hoje a Scot Consultoria, em relatório sobre o mercado. “Esta alta foi superior à de 2020, quando a cotação subiu 33,6%”, diz a Scot, lembrando que, naquele período, vivia-se um processo de retenção de matrizes. E, neste ano de 2024, o abate de matrizes foi recorde.
A Scot comenta ainda que, em termos reais, com preços deflacionados pelo IGP-DI, 2024 foi o ano de maior ajuste desde 2011, com aumento, de janeiro a dezembro, de 26,2%.
“Considerando a média anual de preços deflacionados, porém, o preço médio aumentou 0,1% e o ajuste real em 2024 foi puxado, principalmente, pela recuperação na cotação no último trimestre”, ressalta a consultoria.
Em relação a perspectivas para 2025, o relatório adverte que, no primeiro trimestre, será preciso entender como a oferta de vacas vai se comportar, “uma vez que há melhor suporte das pastagens e menor necessidade de venda”, comenta, acrescentando que tal situação foi “diferente da virada de 2023 para 2024”. Ainda sobre as pastagens, a Scot diz que, ao longo do ano que vem, com chuvas que vêm caindo bem desde outubro de 2024, “há qualidade e condição para que a oferta de boiadas no começo de 2025 seja menos intensa do que em um passado recente”, dada a tendência de o pecuarista reter os animais no pasto em boas condições, na chamada engorda barata. “Tal situação deve prolongar a oferta de boiadas da ‘safra de capim'”, diz a Scot.
Outra questão a ser levada em conta será qual o ímpeto do consumidor brasileiro, que deverá estar menos capitalizado neste período, e se a exportação ganhará novo fôlego, “podendo compensar, com um dólar acima de R$ 6, a morosidade esperada no mercado interno”.
Já para o restante do ano, a expectativa é de crescimento de 0,7% no volume de carne bovina exportada em 2025. “Pode parecer pouco, mas considerando um crescimento sobre um volume recorde, o contexto é excelente”, destaca a Scot. “Após dois anos de intenso abate de fêmeas, o rebanho bovino e a produção de carne bovina deverão diminuir”, projeta.
“Em resumo, há a perspectiva de um ano menos ofertado em 2025 e com uma demanda, ao menos a externa, aquecida para a próxima temporada”, conclui a Scot Consultoria.
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