Boi gordo tem negociações pontuais a R$ 315/@ em importantes locais; veja onde

Mercado inicia a semana com preços da arroba do boi gordo firmes, sustentados por oferta enxuta, exportações aquecidas e demanda interna fortalecida pelo Dia dos Pais

O mercado físico do boi gordo abriu a segunda semana de agosto mantendo o tom firme, com negociações pontuais chegando a R$ 315/@ em praças estratégicas, como São Paulo e Mato Grosso do Sul. A combinação de oferta reduzida de animais prontos para o abate, exportações em ritmo acelerado e demanda interna aquecida pelo período de pagamentos e pelo Dia dos Pais sustentou os preços, segundo analistas.

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, frigoríficos menores seguem com escalas de abate curtas, enquanto os grandes operadores contam com animais de parceria, contratos a termo e confinamentos próprios para manter o fluxo. Apesar disso, a disputa por lotes de qualidade segue valorizando o mercado.

No levantamento da Agrifatto, Bahia, Rio de Janeiro e Rondônia registraram altas no início da semana, enquanto apenas o Mato Grosso apresentou ajuste negativo nas cotações do boi gordo. Nas demais praças, estabilidade. A média nacional das escalas de abate permanece em sete dias úteis.

Cotações da arroba do boi gordo por praça (11/08)

  • São Paulo: até R$ 315/@
  • Mato Grosso do Sul: até R$ 318,07/@
  • Minas Gerais: R$ 301,76/@
  • Mato Grosso: R$ 301,49/@
  • Goiás: R$ 295,89/@

No estado paulista, a Scot Consultoria aponta que o boi-China é negociado a R$ 312/@, enquanto o boi comum sai a R$ 307/@, a vaca gorda a R$ 278/@ e a novilha terminada a R$ 300/@ (preços brutos, a prazo).

Demanda aquecida no atacado e varejo

O varejo e o atacado também registraram movimento forte nos últimos dias, impulsionados pelo Dia dos Pais. Cortes de traseiro, como contrafilé e fralda, além de ponta de agulha e carnes para churrasco, tiveram alta procura. “As distribuições realizadas na noite de domingo e na madrugada de segunda apresentaram desempenho positivo, refletido no aumento expressivo dos pedidos de reposição feitos pelo varejo”, destaca a Agrifatto.

Exportações seguem como motor do mercado do boi gordo

Nos seis primeiros dias úteis de agosto, o Brasil exportou 80,47 mil toneladas de carne bovina in natura, com receita de US$ 447,1 milhões, segundo a Secex. O preço médio por tonelada atingiu US$ 5.557,20, representando alta de 25,3% frente a agosto de 2024.

Perspectivas

O cenário no curto prazo segue apontando para manutenção da firmeza nos preços do boi gordo, com possibilidade de ajustes positivos pontuais, especialmente em regiões onde a oferta segue mais limitada. A força das exportações e a recuperação do consumo doméstico, mesmo diante de um calendário que avança para a segunda quinzena — tradicionalmente de menor fôlego no varejo —, devem seguir como principais sustentadores do mercado.

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