Boi segue na corda bamba, com valor de R$ 240/@; E agora?

O mercado físico do boi gordo está operando com uma pressão de queda mais amena nesta primeira semana de junho, fato esse que deixa o mercado truncado. Qual o futuro?

mercado físico do boi gordo está operando com uma pressão de queda mais amena nesta primeira semana de junho. A semana permanece com baixa liquidez no mercado físico do boi gordo. A elevada oferta de animais faz com que os frigoríficos reduzam as negociações e adquiriram somente o suficiente para manter as escalas de abate preenchidas, apontou a Agrifatto.

Ainda segundo a consultoria, em seu boletim diário, na B3, todos os contratos futuros do boi gordo encerraram o dia com reajuste positivo. O contrato de jun/23, em específico, ficou cotado em R$ 243,20/@, o que significou um aumento de 1,25% no comparativo diário.

@isacsimao

Cotação da Terça-Feira

Poucos negócios nessa terça-feira. A indústria frigorífica comprou o suficiente para deixar as escalas de abate programadas para os próximos dias. A cotação do boi está em R$240,00/@, a da vaca em R$215,00/@ e a da novilha em R$230,00/@, preços brutos e a prazo. A cotação do “boi China” está apregoada em R$245,00/@, apontaram as principais consultorias.

Com isso, a busca por animais terminados segue em ritmo cadenciado, contribuindo para a estabilidade nos preços do boi gordo na maioria das praças do País. Segundo o CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, os preços seguem com flutuações, mas estão com cotações estáveis, ainda na casa dos R$ 245,00/@. Na última terça-feira, 06, os preços ficaram com média de R$ 244,90/@, conforme o gráfico abaixo.

No entanto, de maneira ampla o quadro é de maior acomodação dos preços da arroba em um ambiente pautado por menor fluidez dos negócios, diz o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, ainda não é possível vislumbrar alta consistente dos preços, uma vez que os frigoríficos ainda contam com uma posição confortável em suas escalas de abate, em especial na Região Norte.

O terceiro trimestre tende a marcar o ponto de virada no mercado do boi gordo. Com uma oferta mais enxuta haverá maior dificuldade na composição das escalas de abate, o que por sua vez resultará em maior propensão a reajustes.

Giro do boi gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 243.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 226.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 208.
  • Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 220 para a arroba do boi gordo.
  • Em Uberaba (MG), a arroba teve preço de R$ 225.

Segundo a Agrifatto, a demanda pela carne bovina no varejo tem aumentado com a chegada dos pagamentos salariais. Dianteiros e pontas de agulha têm tido melhor saída nos pontos de vendas, o que reafirma a sazonalidade da primeira semana do mês e a preferência pelo consumo de carne bovina, quando possível. 

Abate de bovinos

Abate de bovinos sobe 4,8% em relação ao 1º tri de 2022 – No 1º trimestre de 2023, foram abatidas 7,34 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 4,8% superior à obtida no 1° trimestre de 2022 e representou um recuo de 2,7% frente ao 4º trimestre do ano passado.

Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (10,0%). Janeiro foi o mês de melhor desempenho frente os respectivos períodos de 2022, com 236,57 mil cabeças a mais (+10,4%), enquanto março apresentou variação negativa de 5,69 mil cabeças (-0,2%) na mesma comparação.

O abate de fêmeas teve variação positiva de 17,9% em relação ao 1º período de 2022, já o abate de machos retraiu 3,8% na mesma comparação. O abate de 333,04 mil cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 27 Unidades da Federação (UFs).

Os incrementos mais significativos ocorreram em: Rondônia (+166,81 mil cabeças), Mato Grosso (+83,11 mil cabeças), Goiás (+36,86 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+33,69 mil cabeças), Acre (+24,01 mil cabeças), Bahia (+23,24 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+14,09 mil cabeças).

carcaca bovina no frigorifico - fotao
Foto: Frigorífico Marinho

Em contrapartida, as variações negativas mais expressivas ocorreram em São Paulo (-56,27 mil cabeças), Pará (-14,03 mil cabeças), Santa Catarina (-8,48 mil cabeças) e Paraná (-3,30 mil cabeças).

Boi gordo no atacado

O atacado volta a apresentar preços acomodados. O ambiente de negócios volta a sugerir por movimento pontual de alta durante a primeira quinzena do mês, em função da entrada dos salários na economia.

Mesmo assim é improvável que ocorram altas robustas, considerando a posição dos estoques da indústria frigorífica, somado ao recente comportamento dos preços das proteínas concorrentes, que vem ganhando competitividade na comparação com a carne bovina, em especial com os cortes do traseiro.

  • O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,90 por quilo, estável.
  • O quarto dianteiro teve preço de R$ 13,15 por quilo, inalterado.
  • A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,90 por quilo, estável.
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