Parceria com a Lallemand Biofuels & Distilled Spirits, voltada ao uso de leveduras biotecnológicas, tem gerado ganhos de rendimento, estabilidade e eficiência nas operações industriais.
A bp bioenergy, uma das líderes brasileiras em etanol, açúcar e bioeletricidade, tem incorporado soluções biotecnológicas ao seu processo produtivo com o objetivo de ampliar a eficiência e reduzir a intensidade de carbono de suas operações.
Nos últimos cinco anos, a companhia tem trabalhado em parceria com a Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS) no uso de leveduras biotecnológicas de alta performance voltadas à fermentação do etanol. A iniciativa integra a estratégia da empresa de buscar inovações que aumentem a produtividade industrial e reforcem o compromisso com a sustentabilidade.
Segundo resultados obtidos em escala industrial, o uso da levedura biotecnológica tem contribuído para elevar o índice de Recuperação Geral da Destilaria (RGD) — que mede o desempenho do processo fermentativo, e ampliar a estabilidade operacional. Na safra 24/25 a persistência das leveduras, ou seja, o tempo em que elas permanecem ativas e dominantes durante a fermentação, chegou a uma média de 206 dias. A unidade Ituiutaba (MG), inclusive, destacou-se nesse cenário, uma vez que a levedura biotecnológica persistiu na fermentação durante os 280 dias de safra.
A limitação natural das leveduras convencionais e selecionadas trazia preocupação sobre quanto tempo permaneceriam no processo, até que uma outra cepa selvagem dominasse a fermentação. Com as novas versões biotecnológicas, esse cenário evoluiu: hoje as cepas chegam a ficar a safra toda, oferecendo estabilidade ao processo fermentativo. “Essa persistência reforça como a biotecnologia, aliada ao controle de processo, redefine o padrão de eficiência do setor”, afirma Elisa Lucatti, gerente de aplicações da Lallemand Biofuels & Distilled Spirits.
A levedura desenvolvida pela LBDS utiliza engenharia metabólica para redirecionar parte do carbono que seria convertido em glicerol, um subproduto de baixo valor comercial, para a formação de etanol. Esse processo melhora o rendimento da destilaria sem necessidade de maior consumo de matéria-prima. A maior estabilidade também reduz a entrada de leveduras selvagens no processo fermentativo, o que diminui o desgaste de equipamentos e o uso de insumos químicos, como ácido sulfúrico, além de contribuir para a continuidade operacional.
Um resultado a se destacar é que, aliado a uma série de outras iniciativas de melhoria de performance aplicadas nas unidades, como a padronização de processos, investimentos em ativos críticos e formação técnica de equipes, a aplicação das leveduras contribuiu para o aumento do RTC (Rendimento Total Corrigido) da companhia, indicador relacionado à eficiência industrial, que, desde 2020, alcançou um acréscimo médio de 1,5%.
Além disso, a melhoria no rendimento e na estabilidade do processo contribui ainda para o desempenho ambiental da companhia, uma vez que o aumento da eficiência na produção de etanol se reflete na ampliação do potencial de geração de Créditos de Descarbonização (CBIOs) no âmbito do programa RenovaBio — política pública que incentiva a redução da intensidade de carbono dos combustíveis no país.
“Buscamos constantemente oportunidades para aprimorar o desempenho de nossas operações por meio de soluções técnicas e sustentáveis. Os resultados obtidos demonstram que é possível evoluir em eficiência e confiabilidade sem ampliar o consumo de recursos”, afirma Darlan Barros, diretor industrial da bp bioenergy.
Segundo Fernanda Firmino, vice-presidente da LBDS na América do Sul, a bp bioenergy foi uma das primeiras companhias do setor a adotar leveduras biotecnológicas em larga escala no Brasil. “A aplicação disciplinada e o controle rigoroso de processo foram determinantes para o sucesso dessa tecnologia”, afirma.
Atualmente, todas as 11 unidades da bp bioenergy, localizadas em cinco estados brasileiros, utilizam leveduras fornecidas pela LBDS. Com os resultados alcançados, a bp bioenergy avalia expandir o uso desta tecnologia e seguir testando novas cepas desenvolvidas para diferentes perfis operacionais. A iniciativa está alinhada ao compromisso da companhia de aprimorar continuamente a eficiência e a sustentabilidade de sua produção de etanol.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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