Brasil detém 16% das compras de carne bovina dos EUA

O Brasil tomou espaço da Austrália e da Nova Zelândia e foi o principal país fora da América do Norte como fornecedor para os Estados Unidos.

A aceleração das exportações da carne bovina passa por uma ampliação da presença do Brasil nos grandes mercados mundiais. Os dados mais recentes do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam uma grande evolução do Brasil no mercado norte-americano.

De janeiro a agosto deste ano, o Brasil foi responsável por 16% de toda a carne bovina que os Estados Unidos importaram. Esse percentual é bem superior aos 6% de igual período do ano passado.

Na avaliação do Usda, a carne brasileira teve um aumento de 91% em volume nos oito primeiros meses no mercado dos EUA. O Brasil tomou espaço da Austrália e da Nova Zelândia e foi o principal país fora da América do Norte como fornecedor para os Estados Unidos. Canadá e México lideram as vendas.

Conforme dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), que traz os números até setembro, as exportações brasileiras de carne bovina para os Estados Unidos aumentaram para 129 mil toneladas no período, 57% a mais do que no ano passado.

Os Estados Unidos compraram 7,4% da carne bovina exportada pelo Brasil neste ano, contra 5,5% no mesmo período do ano passado.

A União Europeia, como afirmam representantes do bloco, também passou a depender mais da carne do Brasil e da do Reino Unido.

Até setembro, a Europa Ocidental importou 89 mil toneladas dessa proteína do país, 10% a mais do que 2021. Neste mesmo período, o Leste Europeu comprou 39 mil toneladas, 2% a mais.

O grande mercado para o Brasil foi a China, que comprou 924 mil toneladas até setembro, 30% a mais do que em igual período de 2021. Com isso, a participação dos chineses foi de 53% no volume exportado pelos brasileiros.

A China enviou para o Brasil US$ 6,2 bilhões com a compra de carne bovina neste ano. Conforme dados da Abrafrigo, as exportações totais dessa proteína somaram 1,75 milhão de toneladas nos nove primeiros meses, com aumento de 17%. As receitas subiram 36%, atingindo US$ 10,1 bilhões.

O mês de outubro também segue com exportações com ritmo forte, em relação a 2021. Os dados da Secex dos primeiros 14 dias úteis apontam para vendas externas de 143 mil toneladas de carne fresca, refrigerada ou congelada.

Esse volume supera em 148% o do mesmo mês de 2021, período em que a China tinha suspendido as importações brasileiras.

A carne que está sendo exportada tem valor médio de US$ 5.900 por tonelada, 14% a mais do que em outubro do ano passado.

No campo, a arroba de boi gordo está em R$ 293, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), um valor que supera em 11% o de há um ano.

No varejo, a carne bovina mantém preço estável. No ano, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a alta é de apenas 1%.

Fonte: Folha de S.Paulo

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