Brasil embarca mais de 411,8 mil cabeças e exportação de gado vivo bate recorde

País mostra força no mercado internacional com resultados expressivos em maio – 411,8 mil cabeças enviadas para exportação de gado vivo – e perspectivas de novo recorde em 2025

O Brasil vem consolidando sua posição como um dos principais exportadores mundiais de gado vivo. Apenas nos cinco primeiros meses de 2025, mais de 411,8 mil cabeças bovinas foram embarcadas para o exterior, praticamente o dobro do volume exportado no mesmo período de 2024. Os dados mais recentes da Scot Consultoria mostram que o mês de maio, em especial, teve desempenho histórico: foram 111,1 mil animais enviados ao exterior, o maior volume mensal do ano até agora e o segundo melhor maio da série histórica, atrás apenas de 2018, quando foram exportadas 112,7 mil cabeças.

Segundo a Scot, “os resultados de maio confirmam que o Brasil está firme na exportação de gado vivo. Temos capacidade de atender diferentes perfis de demanda”. A consultoria também estima que, até a terceira semana de junho, cerca de 45,2 mil bovinos tenham sido embarcados, com 27,9 mil apenas na terceira semana — uma amostra de que o ritmo segue intenso.

Liderança do Pará e destaque do Rio Grande do Sul

O estado do Pará liderou as exportações de maio, com 61,2 mil cabeças, seguido de perto pelo Rio Grande do Sul, com 44,8 mil. Enquanto o Pará concentra os embarques para países como Egito, Iraque, Líbano, Jordânia e Marrocos, o Rio Grande do Sul se destacou como fornecedor da Turquia, país que adquiriu 51,1 mil animais, sendo 41 mil oriundos do estado gaúcho.

Esses embarques refletem não apenas o volume, mas também a capacidade do Brasil em atender a diferentes tipos de demanda, desde bois mais pesados até animais destinados à engorda no país de destino.

Faturamento supera US$ 100 milhões em maio

Em termos econômicos, o faturamento das exportações de gado vivo em maio alcançou US$ 104,8 milhões, com a Turquia respondendo por US$ 42,1 milhões. Outros destinos expressivos foram:

  • Líbano: US$ 18,4 milhões
  • Marrocos: US$ 16,6 milhões
  • Iraque: US$ 14,5 milhões
  • Egito: US$ 11,2 milhões
  • Jordânia: US$ 1,9 milhão

Quanto pagam os importadores?

As variações nos valores pagos por quilo e por cabeça refletem os diferentes perfis de mercado. O Iraque pagou o maior valor por quilo (R$ 18,31/kg) em aquisições feitas no Rio Grande do Sul. Em seguida, destacam-se Marrocos (R$ 16,75/kg) por bois do Tocantins e a Turquia (R$ 16,58/kg) por animais embarcados do Pará.

No preço por cabeça, o recorde ficou com os embarques do Pará para Marrocos (R$ 7.265,18) e para o Líbano (R$ 6.611,54). Os animais mais pesados também saíram do Pará, com destaque para o envio a Marrocos, cujo peso médio por bovino foi de 529,3 kg.

Já os bovinos embarcados do Rio Grande do Sul foram os mais leves, com pesos médios entre 306 e 322 kg, o que, segundo a Scot, “sugere um perfil de exportação voltado para engorda no país de destino”.

Potencial de novo recorde em 2025 na exportação de gado vivo

Considerando o desempenho atual e o ritmo acelerado desde o início do ano, 2025 tem potencial para superar o recorde de 1 milhão de cabeças exportadas registrado em 2024. Ainda segundo a Scot, “considerando o ritmo atual, há potencial para que 2025 repita — ou até supere — o desempenho recorde de 2024”.

O cenário é promissor para a pecuária brasileira, que tem conseguido diversificar mercados, atender diferentes demandas e agregar valor ao seu rebanho por meio da exportação de animais vivos — uma alternativa que complementa a forte presença do país na exportação de carne bovina in natura.

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