
Produção deve superar 178 milhões de toneladas, mas clima, adubação e fertilizantes são decisivos para garantir produtividade e sustentabilidade no campo.
O Brasil dá início à safra 2025/26 de soja com expectativa recorde de 178,6 milhões de toneladas, segundo estimativas da StoneX. Em regiões como Dourados (MS), o plantio já atingiu 3% da área prevista de 223 mil hectares, com projeção de produtividade entre 3.600 e 3.900 kg/ha. O cenário reforça a força do agronegócio nacional, mas traz consigo preocupações que vão muito além do volume colhido.
Um dos principais pontos de atenção é o impacto do clima. Com a atuação do fenômeno La Niña, especialistas alertam para a possibilidade de chuvas irregulares e altas temperaturas em áreas produtoras, fatores que podem comprometer o desenvolvimento da soja em fases críticas. Esse risco torna ainda mais evidente a importância da qualidade do solo e do manejo correto desde a semeadura.
Enquanto Mato Grosso e Mato Grosso do Sul iniciam a safra com solos mais estruturados, alta fertilidade e expectativa de produtividade robusta, o Rio Grande do Sul enfrenta maior vulnerabilidade climática e restrições no uso de insumos. O estado gaúcho, marcado por estiagens recorrentes e solos que exigem constante correção de acidez e reposição de nutrientes, projeta rendimento médio de cerca de 3.180 kg/ha, abaixo da média nacional. Nessas condições, o uso eficiente de fertilizantes se torna ainda mais crucial: no Centro-Oeste, eles potencializam um solo já equilibrado, permitindo ganhos expressivos; no Sul, podem ser o diferencial para mitigar os efeitos do clima adverso, corrigir desequilíbrios químicos e garantir que a planta tenha acesso aos nutrientes mesmo em situações de estresse hídrico.
Segundo Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, empresa 100% nacional e uma das maiores do segmento no país, explica a importância desses negócios para impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções para o campo. “A perspectiva de uma boa safra, como a que estamos vivenciando, é fundamental não apenas para o equilíbrio do abastecimento global, mas também para impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções para o campo. Um cenário favorável estimula investimentos em pesquisa, inovação e no aprimoramento de produtos voltados à produtividade, sustentabilidade e rentabilidade do produtor rural”, afirma.
Ao mesmo tempo, os custos de produção seguem em alta. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o valor médio para a safra subiu 1,9%, chegando a R$ 6.115,83 por hectare. Desse total, os fertilizantes representam quase 40% das despesas, evidenciando seu peso no orçamento do produtor e, sobretudo, sua relevância para garantir produtividade. Uma adubação balanceada, que considere a reposição de nutrientes, a correção da acidez e a melhoria da estrutura do solo, é essencial para sustentar o potencial da supersafra.
A combinação de solo fértil, uso eficiente de fertilizantes e práticas modernas de manejo é o que permitirá transformar a expectativa de recorde em realidade. Sem esse equilíbrio, o Brasil pode colher em quantidade, mas correr o risco de comprometer a qualidade, a margem do produtor e a sustentabilidade de sua posição como líder mundial na produção de soja.
“Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo, oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor rural e fortalecem a economia rural. Acreditamos que o investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado à paixão e ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma agricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, conclui Leonardo Sodré.
Fonte: GIROAgro
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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