
Os dados constam no Anuário da Cachaça 2025, documento elaborado pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O setor da cachaça registrou crescimento no número de produtos e de produtores em 2024. O Brasil ganhou 1.225 registros de cachaças e 49 estabelecimentos elaboradores da bebida. Agora, o país conta com 7.223 produtos, um salto de 20,4% em relação a 2023; e 1.266 produtores, um aumento de 4% em relação ao período anterior.
Os dados constam no Anuário da Cachaça 2025, documento elaborado pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que compila números do setor. Os resultados fazem referência ao ano de 2024 e foram apresentados no fim de maio com apoio do Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC e de outras entidades.
Maiores produtores de cachaça
O Sudeste concentra a maior parte dos estabelecimentos elaboradores da bebida, com 828 registros, o que corresponde a 65,4% do total de todo o país.
O estado que lidera o número de produtores é Minas Gerais, com 501 estabelecimentos, reunindo quase 40% de todos os registros do país. Em seguida aparece São Paulo, com 179, e Espírito Santo, com 81. O top cinco é completado por Santa Catarina, com 73 estabelecimentos, e Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, empatados com 67.
O Ceará, que tinha 34 registros de estabelecimentos produtores em 2023, passou a ter 47, apresentando o maior crescimento da lista. Mas nem todos os estados brasileiros possuem estabelecimentos relacionados à cachaça. É o caso de Amapá e Roraima, que não possuem nenhum registro no Ministério da Agricultura e Pecuária.
Segundo o Anuário, o volume de produção atingiu mais de 292,4 milhões de litros, o que representa um aumento de 29,58% em relação ao declarado em 2023.
O IBRAC, porém, faz uma ressalva. De acordo com o instituto, este é o segundo ano de divulgação de dados por meio da coleta de um novo sistema. Assim, é possível que tenha havido uma subnotificação, igual ocorreu em 2023. Os dados provavelmente serão equalizados ao longo dos próximos anos.
Viçosa do Ceará x Salinas
Intitulada Capital Nacional da Cachaça, a cidade de Salinas (MG) não é mais a cidade brasileira com o maior número de produtores de cachaça. A distinção ficou com Viçosa do Ceará (CE), que reúne em seu limite 25 estabelecimentos – um total de 53,2% de todos os registros do estado.
Porém, Salinas continua no topo quando o assunto é o município com a maior quantidade de cachaças, com 292 produtos registrados.
Exportação em queda
Apesar dos aumentos acima, a exportação de cachaça registrou queda de 22,7% no volume e de 28,1% em valor em relação a 2023.
O volume exportado foi de pouco mais de 6,6 milhões de litros, o segundo resultado mais baixo da série histórica, ficando atrás somente de 2020, no auge da pandemia, quando foram exportados cerca de 5,5 milhões de litros.
“Isso sinaliza a necessidade da continuidade de ações e da estratégia de promoção da cachaça no mercado internacional”, diz Carlos Lima, presidente do IBRAC.
No ano passado, o Brasil exportou cachaça a 74 países. Abaixo, confira a lista dos 10 países que mais importaram cachaça em 2024, por volume:
- Paraguai – 1.313.405 litros
- Alemanha – 1.223.310
- Estados Unidos – 824.091
- Portugal – 660.708
- França – 508.580
- Países Baixos (Holanda) – 263.473
- Espanha – 236.988
- Itália – 232.210
- Cuba – 183.878
- Bolívia – 133.992
Apesar dos Estados Unidos aparecerem em terceiro lugar nas exportações por volume, o país continua como o maior mercado em valor de exportação para a cachaça, avaliado em cerca de US$ 3,5 milhões, cerca de R$ 19 milhões na cotação atual.
E uma curiosidade: Trinidad e Tobago, no Caribe, foi o país que adquiriu a menor quantidade de cachaça, com registro de apenas um litro do produto. Foi também o país com o menor valor de mercado, avaliado em US$ 11 (R$ 61,50).
Fonte: CNN Brasil
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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