“Caçadores de Javali” matam Onças Pardas, vídeo!

Vídeo e matéria que circula nas redes sociais é de 2018, e oposição usa para crítica ao decreto que flexibiliza a caça e o porte de armas, assinado pelo presidente.

Infelizmente, a desinformação da população é grande e, a matéria que a oposição tem utilizado para criticar a posição do atual governo quanto a flexibilização do porte de armas para caçadores, é na verdade um fato que ocorreu em agosto de 2018.

Muitas pessoas tem compartilhado e circulado a matéria como se a culpa do acontecimento fosse o decreto que foi assinado pelo presidente Bolsonaro. O número de pessoas que compartilha a informação, lendo apenas o título e não procuram se informar realmente quanto a veracidade e quando ocorreu o fato, leva a absurdos como esses.

Veja a matéria que foi publicada em agosto de 2018, com as informações da época em que ocorreu o crime. Além disso, se atente que os caçadores foram punidos, conforme prevê a lei. Mesmo assim, a oposição ainda acha que a lei não se fez cumprir.

Não somos contra a caça dos javalis, pelo contrario, veja a matéria no final desse artigo onde desafiamos algum ambientalista a propor alguma forma de controle de população, que não seja a caça, pois sabemos dos enormes prejuízos que esses animais causam ao produtor rural.

Caçadores de javali legalizados matam duas onças pardas, mãe e filhote, e levam multa do IBAMA

Ibama aplicou quatro infrações e multou em R$ 743,5 mil cada dois caçadores que mataram duas onças-pardas em Trombudo Central, em Santa Catarina, e divulgaram o crime em vídeos nas redes sociais. A decisão foi na última sexta-feira (17) e tem como base uma investigação inicial feita pela Polícia Civil.

Segundo o chefe de fiscalização do Ibama em Santa Catarina, Leonardo Tomaz, os dois caçadores foram enquadrados em quatro crimes: matar espécie silvestre ameaçada de extinção, utilizar de forma indevida a imagem dos animais expondo a crueldade do ato, utilizar de forma indevida licença de caça e deixar de protocolar com o Ibama semestralmente as atividades de caça.

O homem que aparece em destaque nas imagens, segundo Tomaz, tinha licença para controle de javalis na região. Com isso, ele tinha acesso a armas de fogo e permissão federal para caça. No entanto, ao usar isso para matar outros tipo de animal a licença foi desrespeitada.

— São animais raríssimos em Santa Catarina. Acreditamos que eles só conseguiram pegar esses animais pela prisão do filhote, o que deixa a mãe muito vulnerável. Com isso eles atacaram os dois com pedradas, pauladas e atiraram com arma de fogo. Além disso eles utilizaram cães na caça, o que é proibido — explica o chefe de fiscalização.

A reportagem abaixo é da NSC, emissora local afiliada da Rede Globo:

De acordo com o Ibama, os caçadores teriam alegado que o vídeo é de anos atrás. As imagens estão passando por perícia e os dois caçadores já foram identificados e autuados. O homem que tinha a licença já teve o documento cancelado e terá a arma de fogo recolhida.

Caça de javali é a única permitida no Brasil

A onça-parda, também conhecida como leão-baio ou puma, é um animal silvestre ameaçado de extinção e que tem a caça proibida. Atualmente, somente a caça de javalis é permitida no Brasil através de uma portaria do Ibama, desde que com uma série de regras e com a única razão de controle de danos à saúde pública. Tramita em nível federal um projeto de lei do deputado federal catarinense Valdir Colatto (PMDB) que revoga a atual legislação e permite a caça de outras espécies. O assunto está na Câmara dos Deputados e gerou polêmica, inclusive com uma manifestação do Ministério Público.

Para a bióloga e pesquisadora Cíntia Gruemer, responsável por um projeto de monitoramento de pumas no Parque Nacional da Serra do Itajaí, a caça é o principal motivo para o número pequeno de animais da espécie em Santa Catarina. Na região do parque, que tem 56,9 mil hectares, a estimativa feita por Cíntia em 2010 apontava apenas quatro animais da espécie, um índice de 0,66 por quilômetro quadrado — o menor conhecido em áreas de Mata Atlântica no Brasil.

— A situação é gritante, estamos vivendo uma situação de possível lei da caça.  Corremos o risco de ter uma floresta vazia, e uma floresta vazia não se sustenta, a interação da fauna e flora é fundamental — alerta a pesquisadora.

De acordo com o cabo Gioni Otte, da Polícia Militar Ambiental de Blumenau, o batalhão tem notado na área de atuação no Vale do Itajaí um aumento das ocorrências de caça. A principal preocupação é em relação à caça para comércio ilegal:

— Não fizemos ainda um estudo aprofundado, mas estamos visualizando que está aumentando. Acendeu um alerta — destaca.

Compre Rural com informações do Gaucha ZH

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