Valor envolve ações realizadas por empresários na maior feira do setor na Ásia e na rodada de negócios Taste of the Harvest, com 53 compradores locais convidados.
A participação de empresários brasileiros do setor de cafés especiais, entre 24 e 27 de setembro, na SCAJ World Specialty Coffee Conference and Exhibition 2025, a maior feira do segmento na Ásia, e na rodada de negócios “Taste of the Harvest”, com 53 importadores locais convidados, em Tóquio, no Japão, pode render US$ 70,125 milhões em negócios, dos quais US$ 7,180 mi foram fechados presencialmente e outros US$ 62,945 mi são projetados para os próximos 12 meses.
Essas negociações foram realizadas por meio de 722 contatos comerciais – sendo 297 com novos parceiros – em ambas as ações, as quais integram as atividades do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Na SCAJ World Specialty Coffee Conference and Exhibition 2025, que contou com um público de 96 mil visitantes e 450 expositores de diversos países, o Brasil teve um estande com sala de cupping para a degustação de lotes de cafés especiais de diversas origens produtoras do país, bancadas para exposição dos membros, brew bar, onde foram servidos cafés com diferentes perfis sensoriais, incluindo os da ação “Destaque BSCA”, que possuem nota acima de 87 pontos na escala global de avaliação de zero a 100, e uma sala de reuniões para a realização de negócios.
Já a rodada “Taste of the Harvest” reuniu os empresários brasileiros com os 53 importadores da região para a degustação de 25 lotes certificados pela BSCA. “Foi uma oportunidade incrível para o contato direto dos produtores com os potenciais compradores de seus cafés, fortalecendo relações e abrindo novas frentes comerciais em um dos principais países e continentes importadores dos cafés do Brasil”, destaca Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.
O Japão figura, há anos, entre os principais destinos da exportação dos cafés do Brasil. Em 2024, os asiáticos importaram 2,211 milhões de sacas do produto, respondendo por 4,4% de todos os embarques e ocupando a quinta colocação no ranking. Desse total, 14,6% se referem a cafés especiais, ou 323 mil sacas, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
No acumulado dos oito primeiros meses de 2025, os japoneses já adquiriram 1,671 milhão de sacas do produto brasileiro, sendo o quarto principal comprador entre janeiro e agosto. Desse montante, 15,9%, ou 265 mil sacas, referem-se a cafés especiais.
“Em tempos de incertezas no mercado, com tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos sobre o produto brasileiro, é crucial que sigamos estreitando laços e ampliando mercado com novos e tradicionais parceiros dos cafés especiais do Brasil, como o Japão”, conclui Estrela.
Brazil. The Coffee Nation
O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, realizado pela BSCA em parceria com a ApexBrasil, tem como foco a promoção comercial do café especial brasileiro no mercado internacional, reforçando os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade. A iniciativa tem o objetivo de apresentar o Brasil como uma nação dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés e que investe ativamente para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental.
Uma das prioridades do projeto será investir em ações de qualificação e diversificação, com foco no apoio aos produtores de café canéfora (robusta e conilon) do país, nas certificações de qualidade e de sustentabilidade e nos cafés produzidos por mulheres, fomentando a equidade de gênero na cafeicultura brasileira e a capacitação de provadoras profissionais de café. O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.
Fonte: BSCA
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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