
A Carapreta, de carne bovina, ovino e pescado, é uma gigante do agronegócio, com três fazendas no Norte de Minas, 70 mil cabeças de gado Angus em seu rebanho, três indústrias e produção sustentável; Confinamento Carapreta engorda machos e fêmeas com pelo menos 50% de genética angus – ouro negro.
O confinamento Carapreta, uma gigante da pecuária, tem unidades de engorda nos municípios de São João da Ponte e Jequitaí, a cerca de 400 km e 570 km, respectivamente da capital Belo Horizonte, no norte do estado. Pertence ao Grupo ARG, fundado em 1978, um conglomerado que também atua na construção pesada, infraestrutura, óleo e gás, e comércio internacional, dos irmãos José, Rodolfo e Adolfo Géo.
A produção atual é de 70 mil cabeças ao ano, mas a capacidade total é de 120 mil cabeças ao ano, volume que será alcançado em dois a três anos, dependendo da demanda do mercado. Os bovinos serão processados em uma planta frigorífica exclusiva, que demandou investimento de R$ 20 milhões e tem capacidade de produção de 500 toneladas de carne ao mês.
Do Grupo A.R.G, a Carapreta, de carne bovina, ovino e pescado, é uma gigante do agronegócio, com três fazendas no Norte de Minas, estrutura para 70 mil cabeças de gado Angus e, atualmente, abate 45.000 por ano, três indústrias e produção sustentável considerada case inédito na COP 26, como conta o CEO Vitoriano Dornas à coluna Minas S/A de O Tempo.
É considerado no setor um dos maiores sucessos de verticalização na pecuária, exportando carne com o selo Carapreta. No ano passado, 2021, o confinamento engordou cerca de 70 mil animais. O trunfo do projeto, que utiliza bovinos cruzados de angus com nelore, é se um dos únicos projeto do país a conquistar o Selo Gold, conferido pelo Programa Carne Angus Certificada, criado pela associação nacional da raça e auditado pela empresa europeia TÜV Rheinland.
Para ter o Selo Gold, apenas uma outra criação no país possui, os animais confinados precisam ser machos dente de leite castrados ou serem fêmeas, ambos com um mínimo de 50% de genética angus. O produto classificado como super premium é destinado à alta gastronomia.
Dentro do confinamento, é utilizado uma tecnologia com drone e um app para poder fazer a contagem do gado. A tecnologia não é nenhuma novidade no campo, ela chegou pra ficar, já podemos ver ela operando de norte a sul do país, de várias formas. É o caso da Fazenda Santa Mônica do Grupo ARG na região de São João da Ponte, que aderiu ao aplicativo de contagem de gado por foto. O aplicativo usa inteligência artificial para reconhecer o que é um bovino, contá-lo e diferenciá-lo dos outros, tudo isso através de imagens obtidas por drones.

Carapreta fecha contrato de R$ 80 mi em expansão para Oriente Médio
Talvez os irmãos José, Rodolfo e Adolfo não imaginassem que o negócio lançado por eles em 1978, 45 anos depois fosse tão longe no mercado. No último ano, a Carapreta, empresa de produção de carnes nobres, alcançou o mercado do Oriente Médio. Após uma reforma em sua planta industrial estimada em R$ 23 milhões para habilitar a produção para além da demanda do mercado brasileiro, em janeiro a Carapreta começou de vez a sua expansão em terras árabes.
A grife de carnes ampliou os horizontes e fechou um contrato com a Domi International, trading brasileira especializada em comercialização global de carnes bovinas, liderada pelo empresário Douglas Domingues.
“Uma das estratégias nossas para melhorar o faturamento na pandemia foi justamente exportar para o Oriente Médio. Trata-se de uma expansão de R$ 80 milhões, sendo um contrato muito robusto. E esse contrato com esse player exclusivo fará com que nossos produtos sejam exportados para Dubai, Arábia Saudita e demais localidades dos Emirados Árabes Unidos”, enfatiza o CEO da Carapreta e também vice-presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), Vitoriano Dornas.
Parte da entrevista ao Jornal O Tempo, com CEO da Carapreta
Qual é o tamanho das fazendas do grupo?
A Carapreta tem um modelo de negócio verticalizado de produção de proteínas (bovina, ovino e pescado, a tilápia), que tem o controle total da cadeia, desde a produção nas fazendas com área próxima de 30 mil hectares e tendo três indústrias (de bovino, pescado e ovinos), sendo duas delas a de pescado e a de ovino na fazenda Santa Teresinha. São três fazendas: Santa Mônica, Santa Terezinha de Jequitaí e Santa Teresinha. A Santa Mônica e a Santa Teresinha ficam em São João da Ponte, e a Santa Terezinha de Jequitaí, em Jequitaí. Todas no Norte de Minas. O frigorífico de carne fica em Contagem. Há três anos, iniciamos a plantação de soja em 2.000 hectares. A soja é vendida para uma trade para exportação.

A expansão passa pelo aumento de área também?
Ainda temos verticalização na área. Acabamos de fazer investimento de mil hectares de pivôs. Estamos expandindo a área de energia de R$ 17 milhões para uma planta solar de quatro megawatts (MW) que fica pronta em fevereiro. Já temos 2 MW (biodigestor) de energia e que também trata todo o esterco e resíduo, reduzindo a emissão de metano e gerando um substrato que é utilizado nas lavouras de milho e soja, o que reduz o custo em 17% de adubação. E reduzindo a adubação química por adubação orgânica. A planta solar vai se expandir para ser autossuficiente em 2023.

Por que investir R$ 1 bilhão no Norte de Minas?
Esse investimento vem desde a construção em infraestrutura das fazendas, passou pela construção de três indústrias e a partir de infraestrutura de fábrica de ração, confinamentos, estrutura de armazenagem de grãos e silos, infraestrutura interna de estradas para movimentar os insumos, em tecnologia em sistema de governança de dados (R$ 20 milhões no SAP) para controlar o negócio e aquisição de tecnologias de máquinas agrícolas e equipamentos tanto nas fazendas quanto nas indústrias e operação logística. Em 2019, optamos por lançar o nome Carapeta, que se expandiu para os canais de varejo, food service e exportação, indo para 23 Estados e 13 países, principalmente do Oriente Médio.
Qual é o volume de carne produzida pela Carapreta?
A projeção para 2022 é de 11,5 mil toneladas de produção de carne bovina, sendo que em 2021 foram 8.500 toneladas. O ciclo de investimento acaba em 2023. São 70 mil cabeças de gado, temos a maior fazenda de angus da América Latina. A gente pretende chegar até 2023 em torno de 15 mil toneladas por ano, sendo 90% para o mercado interno e 10% para o mercado externo.

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