Parasita transmite doenças, reduz ganho de peso e pode comprometer couro e fertilidade; controle deve ser integrado e estratégico
O carrapato-do-boi (Rhipicephalus microplus) é um dos principais desafios sanitários da pecuária brasileira. Cada fêmea adulta pode sugar até 1 mL de sangue por dia e deixar milhares de ovos no ambiente, reiniciando o ciclo. Além de enfraquecer os animais, o parasita transmite doenças graves como a Babesiose e a Anaplasmose, conhecidas como “tristeza parasitária bovina”.
Problema
Muitos pecuaristas recorrem ao uso indiscriminado de acaricidas, sem monitorar adequadamente a infestação. Isso resulta em resistência dos carrapatos e perda da eficácia dos produtos. O controle deveria começar somente quando há cerca de 20 a 25 fêmeas adultas por animal, mas, na prática, o tratamento costuma ocorrer apenas em surtos, aumentando os prejuízos.
Consequências
A infestação acarreta anemia, redução no ganho de peso e queda na produção de leite. Além disso, lesões na pele viram porta de entrada para bicheiras e reduzem o valor do couro, impactando a indústria coureira. O aumento da resistência aos químicos encarece o controle e diminui as alternativas disponíveis.
Soluções
O manejo integrado é o caminho: associar rotação de pastagens, uso racional de produtos químicos, eliminação de animais muito infestados e seleção de raças mais resistentes. O cruzamento industrial e registros de infestação auxiliam na tomada de decisão. O produtor que planeja o controle, em vez de agir apenas em surtos, reduz perdas e preserva a eficácia dos medicamentos.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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