China corta consumo de soja e quer reduzir dependência externa

Segundo as informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura do país asiático, estima-se que a indústria de rações do país tenha reduzido o uso de soja em 9,1 milhões de toneladas em 2023

A China reduziu a quantidade de soja em suas rações animais como parte dos esforços para melhorar a segurança alimentar, o que pode influenciar os preços globais da soja. Fato é que, após aumentar os incentivos para que ocorra o aumento gradativo da área de plantio da oleaginosa, o país asiático tem dado continuidade no seu plano de reduzir a dependência das importações do grão. O Governo, por meio do Ministério da Agricultura, anunciou uma redução significativa no uso da soja por parte da indústria de rações.

Há uma expectativa de que a demanda chinesa por soja para rações diminua ainda mais quando comparado com 2023, com o país se esforçando para diminuir sua dependência de suprimentos externos e fortalecer a autossuficiência na produção de grãos.

Recentemente, o Ministério da Agricultura da China anunciou que o uso de soja na indústria de rações do país deverá cair em 9,1 milhões de toneladas no fechamento de 2023, devido a uma redução de 1,5 ponto percentual na proporção de farinha de soja nas rações.

A China tem se esforçado para reduzir sua dependência de importações de soja, principalmente dos EUA e do Brasil, através do fomento à produção local e da diminuição do uso de farinha de soja.

Apesar dessa redução no uso de soja para rações, as importações chinesas de soja permanecem altas. Mais de 80% da soja consumida na China é importada, e as importações mantiveram-se em níveis elevados.

Entretanto, cabe ressaltar que essas importações não são usadas apenas em rações, mas também para suprir a demanda por óleo de cozinha e para recompor reservas.

Até novembro, nos primeiros 11 meses do ano, as importações de soja da China aumentaram mais de 10% em relação ao ano anterior, chegando a aproximadamente 90 milhões de toneladas, o maior volume em três anos, de acordo com dados aduaneiros chineses.

Os produtores industriais de rações no país reduziram o uso de farinha de soja em 11% de janeiro a novembro, mesmo com um aumento de 4% na produção de rações, conforme relatado pelo Ministério da Agricultura.

Há três anos, Pequim iniciou uma campanha para diminuir o uso de farinha de soja em rações, promovendo receitas de rações com menor teor de proteína e a utilização de fontes alternativas de proteína. Isso inclui o uso de resíduos de alimentos e a promoção de dietas mais baseadas em pastagem para vacas e ovelhas, em detrimento de cereais.

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