Ciclone deixa rastro de prejuízo e destruição nas fazendas; vídeo

Mortes ultrapassam 30 pessoas e é decretado estado de calamidade. Um ciclone extratropical, originado na região Sul do Brasil, trouxe ventos com rajadas atingindo a velocidade de 146 quilômetros por hora.

Desencadeando fortes chuvas, inundações e deixando um rastro de destruição em várias cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Após sobrevoar as áreas atingidas pelo ciclone, o governador Eduardo Leite anunciou, nesta quarta-feira (6), a decretação do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul.

Tragicamente, uma pessoa perdeu a vida no Rio Grande do Sul devido a esse fenômeno. Pelo menos 38 municípios gaúchos foram severamente afetados pelas tempestades, resultando em perdas e prejuízos para centenas de moradores e produtores. A região mais atingida foi a parte norte do estado, onde os rios já estavam com níveis elevados devido às chuvas persistentes dos últimos dias.

Além disso, os desfiles de 7 de setembro, que estavam marcados, foram suspensos em todo o estado. O cancelamento objetiva concentrar todos os trabalhos e atenções no atendimento às vítimas. As ações de salvamento também envolvem o Exército Brasileiro.

Até o momento, sete rodovias no Rio Grande do Sul registraram bloqueios devido a deslizamentos de terra e inundações. Além disso, cortes no fornecimento de energia elétrica afetaram diversas cidades, deixando milhares de residências sem eletricidade. Na cidade de Pelotas, as rajadas de vento intensas também provocaram agitação nas águas da Praia do Laranjal.

Foto: Divulgação

Conforme relatado pelo vice-presidente de Finanças da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Nacir Penz, mais de 500 produtores enfrentaram danos significativos em suas estruturas.

O dirigente faz um apelo enfático às autoridades em busca de assistência para aqueles afetados pelo ciclone.

“A situação está extremamente difícil. Precisamos encontrar maneiras de realocar os animais entre os produtores que não foram atingidos. Muitos agricultores de municípios vizinhos já estão se unindo para resgatar e proteger os animais”

Enfatizou Penz, destacando a urgência de apoio solidário entre os criadores locais.

Foto: Divulgação

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, sublinha que diversos produtores foram impactados em todo o estado, e especialmente na região Celeiro, o cenário é descrito como uma verdadeira “guerra”.

Mortes provocadas pelo ciclone

O número de mortes subiu para 36, no boletim divulgado na noite desta quarta-feira. Além do RS, uma morte aconteceu em Santa Catarina, totalizando 37 vítimas na Região Sul.

O ciclone extratropical provocou, segundo o governo, a tragédia natural dos últimos 40 anos. Em junho deste ano, outras 16 pessoas morreram vítimas de um ciclone.

Segundo a Defesa Civil, há nove pessoas desaparecidas nos 79 municípios atingidos pelo ciclone.

Ao todo, 56.787 pessoas foram afetadas. Dentre elas estão os 2.319 desabrigados e 3575 desalojados. Outras 1777 vítimas foram resgatadas.

A Defesa Civil informou que, até o momento, contabilizou 309 casas destelhadas e 14 pontes destruídas.

Confira no vídeo detalhes desse acontecimento:

Como ficará o tempo no feriado no Rio Grande do Sul?

O feriado do Sete de Setembro terá a passagem de um novo ciclone extratropical, semelhante ao que atuou no início da semana e deixou 21 mortos no Rio Grande do Sul e 1 em Santa Catarina. Apesar da intensidade parecida, o segundo ciclone deverá se deslocar mais rapidamente até o oceano então as chuvas mais fortes se concentração da tarde de quinta (7) ao início da tarde de sexta (8)

— Outro ciclone se formará de quinta para sexta entre o Rio Grande do Sul e Uruguai. Na quinta já deve chover forte, além das rajadas de vento, na fronteira do estado com o Uruguai. E em seguida avança por todo o estado até ir para o oceano — explica Wanderson Luiz Silva, meteorologista da UFRJ.

O especialista diz que é comum, nessa época do ano, a ocorrência de dois ciclones extratropicais seguidos.

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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