Cigarrinha-do-milho volta com força total na safrinha 2022

Uma das pragas mais preocupantes para o agricultor, ela continua a representar um risco para a safra de inverno

Em função da forte estiagem e geadas que ocorreram nas principais regiões produtoras de milho do país em 2021, o agricultor teve a sensação que houve uma diminuição nos danos ocasionados pelas pragas e que, por isso, não foi necessário o manejo intensivo com inseticidas. Porém, os primeiros plantios da safrinha 2022 mostram que a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) não foi embora e que já está presente em altas concentrações em praticamente todas as regiões. Uma das pragas mais preocupantes para o agricultor, ela continua a representar um risco para a safra de inverno. Apesar das baixas incidências observadas nas safras de 2021, a ausência de manejo, aliada a plantas de milho tiguera, contribuiu para que a população da cigarrinha aumentasse significativamente.
 

A ameaça à safra tem incentivado a movimentação de produtores e organizações do setor. Em janeiro de 2022, por exemplo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em conjunto com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja MT), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea MT) realizaram visita técnica no estado de Mato Grosso para traçar medidas de contingenciamento e monitoramento da cigarrinha e enfezamentos do milho junto aos principais produtores da cultura.
 

Com capacidade de provocar até 80% de perdas na produção, a cigarrinha não é algo que possa ser ignorado. O inseto é vetor da doença enfezamento do milho, ocasionada por molicutes que obstruem os vasos condutores da planta de milho e acarretam plantas com porte menor, coloração avermelhada ou raiado fino nas folhas e, principalmente, espigas improdutivas. Não à toa, portanto, cada vez mais os agricultores buscam opções capazes de proteger a cultura de milho; cenário em que os produtos biológicos vêm ganhando destaque. Recente pesquisa da Spark Smarter Decisions mostrou o crescimento do setor: dos principais Estados produtores de milho no País, 7% usavam produtos biológicos na lavoura em 2019, o que representou investimentos de R$ 66 milhões nas safras 2018/2019. Em 2021, o número aumentou para 11% e os investimentos quase triplicaram, alcançando R$ 176 milhões nas safras 2020/2021.
 

Tão importante quanto atacar o problema, no entanto, é saber a hora certa de agir. Como o pico de semeadura desta safra acontece em fevereiro, o momento de agir é agora: um tratamento de sementes bem feito ajuda a segurar a infestação da cigarrinha logo nos primeiros dias após a emergência da planta, mas, quando ela estiver com duas folhas, é preciso iniciar o manejo com defensivos — principalmente associando inseticida biológico ao químico. Após diversos trabalhos realizados com as principais instituições de pesquisa do país, vimos que somente os defensivos químicos não têm conseguido conter o avanço da praga. Porém, a associação com o defensivo biológico reduz em 20% o número de plantas sintomáticas e, consequentemente, diminui também as perdas de produtividade ocasionadas pelo enfezamento do milho.
 

Estamos ao lado do produtor com soluções como o Bovéria Turbo®, inseticida registrado para o controle da cigarrinha-do-milho. Sempre reforçamos que o manejo preventivo é essencial para controlar a praga e ele precisa começar cedo: as primeiras aplicações devem ser realizadas a partir de 20 dias do plantio (logo no estágio vegetativo V2). Este mês de fevereiro é o momento ideal para os produtores adotarem as medidas que evitarão o comprometimento da safra de milho.

 Fonte: Grupo Vittia

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