
Utilização de Smart Machines é uma das estratégias que minimiza os efeitos da degradação física do terreno durante as operações agrícolas
Durante a colheita da cana-de-açúcar, o tráfego intenso e repetido de colhedoras e transbordos provoca a compactação do solo, fenômeno que altera suas propriedades físicas e limita o desenvolvimento radicular. Em períodos de estiagem, essa condição se agrava, pois, mesmo com umidade suficiente armazenada, as raízes encontram barreiras para acessar água e nutrientes devido ao aumento da densidade do solo.
Essa limitação acelera a manifestação de sintomas de estresse hídrico, reduz a longevidade dos canaviais e compromete o potencial produtivo. A pressão exercida sobre o terreno diminui a porosidade, restringe a infiltração de água, dificulta trocas gasosas e inibe o crescimento das raízes, resultando em perda de rendimento e redução da vida útil das lavouras.
Neste contexto, o gerente de Mercado da Grunner, Tedson Azevedo, explica que são exigidas soluções específicas para mitigar a compactação, especialmente durante a colheita mecanizada. “O uso das Smart Machines nas lavouras possibilita minimizar os efeitos da compactação durante as operações agrícolas. É uma estratégia que permite aumentar a eficiência no campo sem comprometer os recursos naturais”.
Azevedo destaca que as Smart Machines da Série S da Grunner foram projetadas para otimizar operações agrícolas e diminuir o impacto no solo. O ATR S, por exemplo, é um transbordo de cana com raio de giro inferior a 18 metros, o que facilita manobras e reduz o pisoteio nas extremidades das linhas de cana. O equipamento ADS S, versão compacta para aplicação de sólidos, permite acesso a áreas de difícil alcance. Já o ASP S é destinado à aplicação localizada de vinhaça, defensivos junto à vinhaça e fertilizantes líquidos.
“Todos os modelos da Série S contam com piloto automático e sistema de GPS, o que assegura operações mais precisas e menor sobreposição de trajetos, reduzindo a pressão sobre o solo e promovendo mais produtividade e sustentabilidade”.
De acordo com o especialista, a adoção das Smart Machines traz benefícios como preservação do solo, maior resiliência, redução de custos, conforto ergonômico para os operadores e aumento da rentabilidade de produtores e usinas.
“Com essas tecnologias, a Grunner reforça seu papel como agente transformador no agronegócio, promovendo práticas que não apenas aumentam a performance da colheita, reduzem o custo, mas também preservam o solo e garantem a viabilidade de longo prazo das lavouras de cana-de-açúcar”.
Histórico no setor sucroenergético e experiência comprovada no campo
Com histórico de sucesso no setor sucroenergético, a Grunner nasceu da experiência prática dos fundadores, em 2018, quando os irmãos Henrique, Lívia e Mateus Belei, tradicionais produtores de cana de Lençóis Paulista (SP), sentiram o impacto da compactação do solo na queda de produtividade e no resultado financeiro.
Segundo Azevedo, essa vivência foi determinante para o desenvolvimento da proposta de transformar um caminhão rodoviário em máquina agrícola capaz de operar na colheita com menor área trafegada, reduzindo a compactação.
Sobre a Grunner
Um conceito de inovação para atender às necessidades dos produtores de cana-de-açúcar, a Grunner foi criada, em 2018, pelos irmãos Henrique, Lívia e Mateus Belei.
Desde 2018, a companhia é parceria exclusiva da Mercedes Benz. O acordo permitiu que os caminhões da marca alemã recebessem o protocolo de tecnologia que deu origem às Smart Machines da Grunner. O sucesso dessa união fez com que as máquinas da Grunner fossem incluídas no ranking dos dez principais produtos da história da Mercedes, em 2021.
Recentemente, a Grunner obteve a concessão de patente de modelo de utilidade de uma tecnologia que há cinco anos faz parte da estrutura de suas máquinas agrícolas. Com a permissão autorizada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a empresa se tornou proprietária do título “conjunto de conversão para aumento de bitola das rodas de caminhões rodoviários para uso em lavouras diversas” em todo território nacional até 2033.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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