Colheita de soja da Argentina deve avançar em 2022/23; trigo e milho recuam

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja e um dos principais fornecedores de milho, além de importante produtor de trigo.

A produção de soja da Argentina deve subir para 48 milhões de toneladas em 2022/23, informou a bolsa de cerais de Buenos Aires nesta quarta-feira, ao fornecer suas primeiras estimativas para a nova temporada de um dos maiores fornecedores globais de grãos.

O aumento de 15,5% em relação à safra 2021/22, atualmente em 43,3 milhões de toneladas, ocorreria devido a uma maior área plantada e às custas de outras culturas, como o milho, informou a bolsa.

A soja fornece à economicamente prejudicada Argentina dólares de exportação muito necessários ao país.

A produção local de milho, por outro lado, deve cair de 52 milhões para 50 milhões de toneladas, enquanto a produção de trigo deve recuar 21,9% para 17,5 milhões de toneladas, pois o país está passando por uma seca severa.

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja e um dos principais fornecedores de milho, além de importante produtor de trigo.

Agricultores na Argentina estão agora iniciando o plantio de milho enquanto a semeadura do trigo está concluída. O plantio de soja começa em outubro.

“Depois de quase seis temporadas, a safra de soja pode aumentar em termos de área plantada”, disse Martin Lopez, analista da bolsa, observando que condições climáticas adversas podem levar os agricultores a semear a oleaginosa em áreas que originalmente pretendiam plantar com milho.

A área de soja deve aumentar em 400 mil hectares, para 16,7 milhões de hectares em 2022/23, disse Lopez, enquanto a área de milho deve cair para 7,5 milhões, de 7,7 milhões de hectares.

Eduardo Sierra, agrometeorologista da BdeC, disse que embora o fenômeno climático La Niña deva durar até o início de 2023, outubro trará as chuvas necessárias para as áreas rurais.

“As chuvas” previstas para outubro “são boas”, disse Sierra, que prevê entre 50 e 100 milímetros de chuva no cinturão agrícola da Argentina e mais de 100 milímetros nas províncias do norte, onde a seca foi mais prolongada.”

Fonte: Reuters

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