Colheita do milho tem leve avanço no Rio Grande do Sul

A evolução semanal foi de apenas 2 pontos percentuais para 32% da área cultivada, em linha com a média histórica

O informativo semanal divulgado nesta quinta-feira pela Emater/RS – Ascar, empresa de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho, relata que a colheita do milho avançou 2 pontos percentuais nesta semana e atingiu 32% da área cultivada.

Os trabalhos estão em linha com a média histórica para o período, mas abaixo dos 38% registrados na mesma época do ano passado. Os analistas comentam que a colheita segue de modo normal na parte Norte do Estado, onde a lavouras se encontram em estágio mais adiantado.

Eles observam que na região administrativa de Santa Rosa, importante produtora do grão e que tradicionalmente é a primeira iniciar a colheita, o percentual chega a 72%. “Nessa região, conforme informações dos técnicos locais, a produtividade média das lavouras sem irrigação gira ao redor dos 6.000 kg/ha e nas irrigadas alcançam pouco mais de 10 mil quilos.”

Na região de Ijuí, o percentual colhido é semelhante ao de Santa Rosa, embora a área total seja inferior. No leste gaúcho os rendimentos médios superam os 8.000 kg/ha. “Tendo em vista a inconstância das chuvas ao longo do ciclo dessas lavouras, esses rendimentos podem ser considerados excelentes. Porém, infelizmente, as lavouras situadas ao Sul não deverão se aproximar desses patamares, influenciando de modo negativo a média geral para o RS.”

Soja

Os levantamentos da Emater/RS mostram que a colheita da soja começou na região de Santa Rosa, mais precisamente na Fronteira Noroeste, onde cerca de mil hectares já foram colhidos, com produtividade média de 3.000 kg/ha, com variação entre 2.700 quilos e 3.300 kg/ha.

Os analistas relatam que é prematuro extrapolar esses resultados para as demais regiões, “tendo em vista principalmente o comportamento observado nas condições meteorológicas até o presente. Todavia, a tendência, segundo técnicos locais, é que a metade Norte não se distanciará muito do esperado inicialmente.”

Segundo os analistas, a Metade Sul seguramente terá dificuldade em obter rendimentos aceitáveis. “O cenário não é propriamente uma novidade para o Estado. Em anos anteriores, tal como ocorreu na safra 2012, para citar exemplo mais recente – situação semelhante foi registrada.”

Eles lembram que nas últimas safras, por razões de conjuntura e condições climáticas excepcionais sucessivas, a cultura avançou de forma significativa nessa parte do Estado. “Infelizmente, boa parte das lavouras são cultivadas em áreas com condições edafoclimáticas pouco adequadas ao desenvolvimento da soja.”

Arroz

Os analistas relatam que as lavouras de arroz seguem evoluindo de maneira satisfatória, “sem maiores percalços em que pese a forte estiagem na Campanha e no Sul do Estado”. Segundo eles, até o momento não há informações de indisponibilidade de água para a finalização da irrigação necessária, embora alguns mananciais apresentem decréscimo acentuado nas cotas de armazenamento.

O levantamento de campo ostra que, como ocorre todos os anos, a Fronteira Oeste começa a registrar as primeiras colheitas, mais precisamente em Itaqui e São Borja. “Entre esses dois municípios estima-se que tenham sido colhidos 7.000 hectares até o momento, com produtividades que giram em média de 8.000 kg/ha, com boa qualidade de grão.”

Eles acreditam que a partir de agora a colheita deverá tomar impulso, uma vez que 8% do total das lavouras do Estado se encontram maduras e prontas para serem ceifadas. “Outros 30% atingem a fase de formação de grão, sendo que o potencial produtivo é considerado bom. Não há informações sobre ocorrências significativas de pragas ou moléstias que possam influir, de modo prejudicial, a evolução das lavouras.”

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

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