Com boi gordo a R$ 240/@, pecuarista espera alta nesta semana; Ela virá?

Do outro lado, as indústrias esperam alguma elevação no consumo doméstico de carne bovina ao longo do feriado prologado, estimulado não só pelos tradicionais churrascos em períodos de folga, mas principalmente pelo pagamento dos salários, neste início de novembro. Boi gordo sobe ou desce?

O mercado físico do boi gordo fechou a semana com preços estáveis em sua totalidade de praças avaliadas pelo Portal. Esse fator trás alento ao pecuarista que viu suas margens defasadas ao longo do ano e, aliado a isso, traz esperança de uma nova alta nos preços com a virada do mês – período que historicamente ocorre maior demanda pela matéria-prima. Do outro lado, as indústrias esperam alguma elevação no consumo doméstico de carne bovina ao longo do feriado prologado, estimulado não só pelos tradicionais churrascos em períodos de folga, mas principalmente pelo pagamento dos salários, neste início de novembro.

O mês de outubro foi caracterizado por um movimento lateral no mercado brasileiro de boi gordo, com valorizações pontuais e negociações pontuais acima da referência. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, as indústrias também não encontraram as condições necessárias para exercer pressão sobre o mercado. Ainda na avaliação do analista, o mercado permaneceu estável em outubro, operando no mesmo ritmo desde o final de setembro até o final do mês passado.

Devido ao feriado e escalas de abate bem-posicionadas, a maioria dos compradores na praça pecuária de São Paulo, estiveram fora do mercado. Com isso, as cotações estão estáveis em relação a quarta-feira (1/11). A arroba do boi está precificada em R$235,00, a da vaca gorda em R$215,00 e a da novilha gorda em R$227,00, preços brutos e a prazo.

O “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum.

Em outubro, os preços do boi gordo para abate operaram em patamares maiores que os observados no mês anterior. Pesquisadores do Cepea destacam que o avanço verificado de setembro para outubro caracteriza-se como uma recuperação, tendo em vista que os preços do animal para abate vinham registrando quedas mensais consecutivas ao longo deste segundo semestre.

Ainda de acordo com o Indicador, os preços nessa primeira estão seguindo de forma lateralizada. Com isso, os valores fecharam a última sexta-feira, 03, cotados a R$ 234,95/@, o que representa uma variação mensal de -1,07%.

Preços internos do boi gordo

  • Em São Paulo, Capital, o preço da arroba do boi a prazo foi de R$ 230, uma queda de 4,17% em relação aos R$ 235 praticados no fechamento de setembro.
  • Em Dourados (MS), a indicação foi de R$ 225 na modalidade a prazo, uma queda de 4,26% em comparação com os R$ 235 registrados no fechamento de setembro.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba subiu 5,00% ao longo de outubro, de R$ 200 para R$ 210.
  • Em Uberaba (MG), a indicação foi de R$ 235 por arroba, um aumento de 2,17% em relação aos R$ 230 registrados no final de setembro.
  • Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 230, um avanço de 2,22% em comparação com os R$ 225 praticados no fechamento de setembro.
boi gordo
Foto: Marcus Mesquita

Expectativas do boi gordo para novembro

No início de novembro, já se observa uma tentativa maior de pressão por parte dos frigoríficos, embora não tenham conseguido avanços significativos nas escalas de abate ao longo da semana. Vale ressaltar que o feriado prolongado afetou o ritmo dos negócios no mercado do boi gordo.

Para movimentos mais contundentes haveria necessidade de uma variável nova. No primeiro bimestre o quadro tende a mudar, com o predomínio da oferta de animais terminados a pasto com maior poder de barganha por parte do pecuarista.

No último trimestre do ano, que é marcado pelo aumento do consumo de carne bovina, Iglesias afirma que a demanda esperada no mercado interno se apresenta como um fator de suporte, especialmente com a entrada dos salários e do décimo terceiro na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva.

Exportação de carne bovina in natura

Em outubro foram exportadas 186,2 mil toneladas de carne bovina in natura. A média diária embarcada foi de 8,86 mil toneladas, queda de 10,6% frente à média em outubro/22 (o melhor desempenho na exportação, dentre outubros). Na mesma comparação, o preço da tonelada ficou em US$4,59 mil, queda de 21,4% e o faturamento médio diário, em dólares, caiu 29,7%, ficando em US$40,75 milhões.

Atacado

O mercado atacadista apresentou preços acomodados no decorrer da sexta-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela recuperação dos preços no decorrer do último bimestre, período pautado pelo ápice do consumo no mercado interno. A entrada do 13º salário, demais bonificações inerentes ao período e a criação dos postos temporários de emprego justificam esse cenário.

  • Quarto traseiro ainda é cotado a R$ 18 por quilo.
  • Quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 12,75 por quilo.
  • Ponta de agulha segue precificada a R$ 12,75.

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