Com suporte técnico, criança intolerante à lactose consome leite de vacas

Com o apoio da Empaer, os pais de João Miguel, intolerante à lactose, determinaram quais tipos de leite do rebanho eram seguros para o consumo do filho.

Foi feito um exame genético nas vacas para identificar quais teriam o genótipo A2A2 e que produzem o leite A2, que não tem um peptídeo (biomolécula) causador de alergia, presente no leite A1 e é uma alternativa para intolerantes à lactose.

Maria José Berto de Oliveira e Vanildo Correia de Oliveira procuraram ajuda da Empaer, que já prestava assistência técnica na propriedade de um parente próximo.

Maria José contou que, quando João Miguel nasceu, já houve o diagnóstico de alergia à proteína do leite, e que não sabia mais o que fazer. As diarreias do menino eram frequentes e uma tosse alérgica que assustava toda família.

“Foi uma fase muito difícil para nós. Era desesperador vê-lo naquela situação. No primeiro exame foi identificado que era intolerante à lactose. Vivendo no sítio e com rebanho de vacas no pasto foi um susto muito grande”, lembra a mãe.

Ela então decidiu falar com a médica veterinária da Empaer, Laura Peixoto de Arruda, que atendia o cunhado dela em outras demandas, e relatou à ela o que estava passando.

Foto: Site Sou agro

Assistência técnica

A veterinária Laura Peixoto explicou que os produtores rurais podem fazer exame genético das vacas e saber quais animais produzem leite A2. Segundo ela, as raças zebuínas, geralmente, possuem maior frequência.

“É um nicho novo de mercado, com valor agregado. Os produtos produzidos a partir deste leite de genética original: leite A2, queijos A2, iogurtes A2, coalhada A2 – vem ganhando cada vez mais espaço das prateleiras dos supermercados, principalmente dos grandes centros urbanos”, afirmou.

Laura reforçou que o produtor tem como selecionar o rebanho para que todo o leite produzido seja deste tipo.

“Hoje em dia existe o selo Vacas A2A2 em produtos que garantem a rastreabilidade através de certificação.

“Na comunidade Paiol de Cáceres, foram duas famílias que resolveram investir e fazer as análises genéticas em 24 vacas, buscando um leite que não causasse intolerância à criança. Meu trabalho foi entrar em contato com laboratórios que fazem este tipo de análise, auxilie na coleta de DNA, no envio e interpretação dos resultados laboratoriais. Várias vacas das duas propriedades foram atestadas sendo de genética A2A2, possibilitando escolher o leite destas vacas”.

Sobre o leite A2

O leite A2 é o leite de uma vaca que contém a B-caseína de genética A2A2. A forma A1 surgiu devido a uma mutação genética no rebanho bovino em torno de 5 a 10 mil anos atrás. O leite comercialmente disponível geralmente é uma mistura de variantes A1 e A2.

Embora sejam semelhantes em termos nutricionais, a B-caseína A1 forma no intestino um peptídeo conhecido como BCM-7 que causa reações adversas nos seres humanos, predispondo ao desenvolvimento de alergia a proteína do leite. O BCM-7 também é estudado na medicina, pois parece implicar em outros distúrbios clínicos.

 leite
Fonte: (Com Maricelle Lima Vieira | Empaer/MT)

Fonte: Fernanda Toigo/Sou Agro

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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