Como a energia solar pode ajudar a impulsionar a produção agrícola

Além de reduzir os custos com eletricidade, a instalação de painéis solares em fazendas contribui para o meio-ambiente.

A demanda por energia solar no país vem crescendo como uma alternativa para contornar os frequentes aumentos nas contas de luz. No final de maio, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa, afirmou que a tarifa média no Brasil deve ser reajustada em 6,9% nos próximos meses. Alguns estados, inclusive, já anunciaram um reajuste com valores superiores ao esperado. Em Minas Gerais, por exemplo, a correção foi de quase 15%, enquanto no Pará foi de 16,85%

Em média, a tarifa de energia elétrica residencial acumulou aumento de 6,79% no primeiro semestre de 2023, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento da conta de luz afeta diversos setores, entre eles a agricultura. Uma alternativa viável e lucrativa para os produtores rurais, explica o especialista em captação de crédito rural para empresas, João Fossaluzza, é a transformação de terras improdutivas em Usinas Solares. “As terras podem se tornar improdutivas por várias razões – as mais comuns incluem erosão do solo, contaminação e esgotamento de nutrientes. No entanto, existem alternativas para transformá-las em terras cultiváveis e lucrativas – uma delas é o investimento em usinas fotovoltaicas, uma solução sustentável e econômica para ajudar a impulsionar a produção agrícola”, afirma.

Além de reduzir os custos com eletricidade, a instalação de painéis solares em fazendas contribui para o meio-ambiente, pois o sistema não emite gases de efeito estufa ou outros poluentes, destaca Fossaluzza. “O valor investido no Painel solar vai gerar uma economia suficiente para compensar os custos do financiamento. Ou seja, estamos diante de um cenário em que ganham o agricultor, o meio ambiente e o sistema elétrico nacional”, explica o vice-presidente da Atto Agro.

A Atto Agro é especialista em fomentar e realizar operações estruturadas para o agronegócio, oferecendo condições favoráveis para produtores rurais, empresas e cooperativas. “O produtor pode, através das linhas de crédito, obter financiamento para usinas solares em até dez anos, enquanto as empresas podem pagar em até 5 anos“, esclarece Fossaluzza.

Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), realizado em março, a energia solar fotovoltaica tornou-se a segunda maior fonte da matriz elétrica do Brasil, superando a eólica, e podendo gerar uma economia de até 90% nas contas de luz.

De acordo com Fossaluzza, a falta de infraestrutura de energia elétrica em algumas regiões e os problemas no fornecimento também impulsionam o investimento em energia solar.

Poços artesianos

O desenvolvimento sustentável ganha ainda mais importância em períodos de seca, com início no mês de julho e término previsto apenas para outubro ou novembro. As variações climáticas sempre foram motivo de preocupação para a atividade agropecuária.

Para não sofrerem com a falta de água, como as longas estiagens fora de época, muitos produtores agrícolas optam por instalar em suas propriedades poços artesianos, tanto para manter a irrigação de seus cultivos, quanto para o abastecimento geral da unidade produtiva. Os poços artesianos levam água a moradores de zonas rurais.

Em lugares em que a rede elétrica não está próxima aos poços perfurados, a energia solar é uma solução viável e sustentável. Os sistemas fotovoltaicos conseguem, por exemplo, abastecer poços artesianos – que funcionam via energia (elétrica ou solar) para bombear a água até a superfície. A água, bombeada em pequenas vazões, é utilizada para irrigar plantações e hidratar animais.

Os principais benefícios de um poço artesiano incluem economia de água, qualidade da água para o cultivo e irrigação de plantações em locais sem ou com pouca água superficial. “Uma das vantagens da Energia Solar é que ela pode ser instalada em locais remotos, sem acesso à energia elétrica, gerando economia e incentivando o desenvolvimento sustentável”, finaliza Fossaluzza.

Fonte: Sou Agro

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