Como será a safra de milho em 2024?

“Dependendo do tamanho da próxima safra de milho, as cotações podem experimentar elevações ou quedas significativas”; confira

A segunda safra brasileira de milho tem gerado apreensão nos mercados, tanto interno quanto externo, devido a desafios decorrentes do atraso na safra de soja e condições climáticas adversas. Segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a disponibilidade da safra de milho torna-se uma incógnita, levando a recomendações de atenção constante ao desenvolvimento do plantio para avaliar se a oferta aumentará ou diminuirá.

As preocupações se intensificam diante dos problemas relacionados ao atraso na safra de soja e condições climáticas desfavoráveis. Dependendo do tamanho da próxima safra de milho, as cotações podem experimentar elevações ou quedas significativas“, alerta a TF Agroeconômica.

Entre os fatores que podem impulsionar as cotações para cima, destaca-se o Plano do Departamento do Tesouro dos EUA para combustíveis sustentáveis de aviação. A possibilidade de permitir que fabricantes de etanol de milho reivindiquem créditos fiscais pode influenciar os preços no Brasil. Neste contexto, os preços do milho no mercado brasileiro aumentaram 2,47% na última semana e expressivos 7,70% no mês, refletindo a disputa entre exportadores e indústrias locais, diante das preocupações com as condições climáticas afetando a primeira safra de milho.

Por outro lado, dois fatores contribuem para a pressão de baixa nas cotações. O avanço da colheita e a oferta de milho argentino no mercado internacional são pontos que merecem atenção. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informa que o plantio na Argentina progrediu 9 pontos percentuais na última semana, atingindo 49,3% da área total prevista. Além disso, a condição da safra entre normal e excelente alcançou 99%.

Outro fator de baixa é o avanço do dólar em relação ao real. Essa tendência pode estimular as exportações brasileiras, que já estão registrando volumes expressivos neste semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento das exportações brasileiras, por sua vez, está reduzindo as oportunidades para os Estados Unidos e exercendo pressão sobre as cotações de Chicago.

Em meio a esses cenários divergentes, os agentes do mercado permanecem atentos aos desdobramentos, aguardando mais clareza sobre a evolução da próxima safra de milho brasileira e seus potenciais impactos nos preços internos e externos.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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