Competitividade garante protagonismo internacional ao Brasil

O setor de produção de alimentos responde por R$ 130 bilhões da riqueza gerada no país e por mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos.

Avaliação foi feita pelo diretor-executivo de Agro e Sustentabilidade na Seara (JBS), José Ribas Junior. Ele participou do evento Warm Up Alimentos e Bebidas, da Academia FIESC de Negócios, e defendeu os diferenciais do setor em uma economia globalizada.

A produção de alimentos é, sem dúvida, uma das vantagens mais poderosas do Brasil quando pensamos em economia global. O setor responde por R$ 130 bilhões da riqueza gerada no país e por mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos. José Ribas Junior, diretor-executivo de Agro e Sustentabilidade na Seara (JBS), defende que o protagonismo do Brasil em nível mundial é assegurado por meio da produção de alimentos. Ele foi um dos convidados da Academia FIESC de Negócios e participou nesta quarta-feira (8) do segundo dia do Warm Up Alimentos e Bebidas.

“É a grande oportunidade de nos tornarmos relevantes de fato, protagonistas a nível mundial”, avalia Ribas, destacando os desafios do Brasil para se destacar globalmente em segmentos de alta tecnologia, como produção de celulares ou carros. “Quando a gente pensa sobre qual lugar do mundo tem a maior possibilidade de produzir alimentos com sustentabilidade, a resposta é fácil: o Brasil. Não há outra região do mundo com a mesma proficiência e qualidade como a nossa”, completa. Na JBS, o modelo de produção integrada é composto por mais de 100 famílias.

Bolis defendeu a valorização da propriedade rural e o acesso e a democratização da tecnologia no campo (Foto: Marcos Campos)

Outra questão à qual lideranças do setor devem estar atentas é a sustentabilidade que, na visão de Ribas Junior, deixou de ser um up grade de gestão e se tornou uma obrigação. “Se você quer ser uma liderança de grande impacto no setor, tem que saber o que foi discutido na COP 26/27, por exemplo. Lá se discute políticas de estado relevantes que dizem respeito inclusive à soberania nacional”, destaca. O bem-estar animal e o domínio da sigla ESG são outros fatores fundamentais aos quais o setor de alimentos e bebidas deve estar vigilante.

“O mundo observa como as companhias estão lidando com as questões sociais, ambientais e de governança corporativa”, acrescenta.

Perfil do consumidor

Assim como no primeiro dia do encontro, o fator geracional voltou às discussões do grupo. Delair Bolis, presidente da MSD Saúde Animal, comentou o impacto da mudança do perfil do consumidor na indústria de alimentos e bebidas. “Quem compra por necessidade, restringe as escolhas a preço (menor) e produtos que sejam ‘suficientes’ para alimentar a família. Aqueles que têm poder de compra mais alto escolhem consumir animais não-confinados, tratados sem antibióticos e opções orgânicas”, descreve. A MSD Saúde Animal é uma indústria farmacêutica que possui três fábricas no Brasil, sendo uma delas em Joinville.

Bolis elencou três fatores que viabilizam o sucesso dos negócios: a licença para operar (com pessoas certas e custos eficientes); para competir (elementos-chave que te colocarão em igualdade de competição); e para vencer (diferencial, fator exclusivo que garante espaço para a vitória). O executivo da MSD defendeu ainda a valorização da propriedade rural e o acesso e a democratização da tecnologia no campo, o que chamou de ‘uma das licenças para vencer’.

O Warm Up Alimentos e Bebidas é uma espécie de aquecimento para o MBR PRIORI, uma formação imersiva desenvolvida pela Academia FIESC de Negócios para apoiar a reinvenção da indústria. Indústrias do setor interessadas em participar podem fazer contato com a Academia FIESC de Negócios pelo e-mail academia.negocios@fiesc.com.br .

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