Confinamento lidera ranking com a menor taxa de mortalidade do Brasil

Confinamento da MFG Agropecuária tem a menor taxa de mortalidade do Brasil, segundo benchmarking da consultoria Foco Saúde Animal 

Em sua segunda participação, a MFG Agropecuária apresenta a menor taxa de mortalidade no bechmarking realizado pela consultoria Foco Saúde Animal. A unidade do grupo em Campo Novo do Parecis, no estado de Mato Grosso, registrou apenas 0,14% de mortes, liderando o ranking composto por 30 confinamentos especializados no fornecimento de parcerias de engorda e um rebanho superior a 855 mil cabeças.

As plantas de Mineiros (GO), Terenos (MS), Campo Verde (MT) e Tangará da Serra (MT) também figuram lugar de destaque, entre os TOP 10 do levantamento, com índices de 0,17%; 0,19%; 0,21% e 0,23%, respectivamente. Desta forma, o grupo também lidera o indicador nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

“Isso significa dizer que um animal tem 66% menos chance de morrer na MFG de Campo Novo do Parecis, quando comparada a outros grandes confinamentos presentes no benchmarking. Nas demais regiões essa porcentagem também é excelente, ficando, em média, 50% menor, pelo segundo ano consecutivo”, comemora a médica-veterinária Maryele Rodrigues, coordenadora de Bem-estar Animal e Sanidade da MFG Agropecuária.

Maryele Rodrigues, coordenadora de Bem-estar Animal e Sanidade da MFG Agropecuária
Maryele Rodrigues, coordenadora de Bem-estar Animal e Sanidade

De acordo com a médica-veterinária, o maior desafio sanitário de um confinamento, atualmente, é a ocorrência de pneumonia, a qual a MFG Agropecuária vem se tornando referência nacional no controle. “Após intensificarmos as rondas sanitárias, conseguimos reduzir as mortes por pneumonia em 78% nos últimos dois anos, em Pereira Barreto, o TOP 4 de São Paulo em mortalidade, onde se encontra o maior desafio”, diz Maryele, complementando que, em média, nos confinamentos da MFG, há 56% menos mortes por qualquer tipo de doença em comparação aos demais concorrentes.

Distúrbios metabólicos e refugo de cocho fecham as três maiores causas de óbito nos confinamentos do Brasil. Para mitigar a incidência de tais enfermidades, a aclimatação – um diferencial da empresa – e o escore de fezes tornaram-se um procedimento-padrão nas fazendas da MFG, para melhor adaptação do gado ao cocho e fazer o ajuste imediato da dieta, se necessário.

Check-list do gado recém-chegado à MFG
Foto: Divulgação

“Logo que os problemas são identificados, o animal é direcionado à enfermaria, um local mais tranquilo para o acompanhamento intensivo. Durante o período de tratamento, recebe também uma bebida eletrolítica e uma dieta de adaptação, com maior teor de volumoso”, explica a coordenadora de Bem-estar Animal e Sanidade da MFG Agropecuária.

Mortes por acidentes e fraturas também podem acontecer na pecuária intensiva, mas os índices da MFG têm se mostrado os melhores do mercado. Todos os confinamentos da empresa estão 36% abaixo da média, sendo três deles oscilando entre 0,01% e 0,06% e os outros dois 0,10% e 0,11%. Esses resultados recebem influências dos procedimentos de bem-estar animal adotados, que, inclusive, ajudam a manter a conduta de não utilização de metafilaxia, prezando o uso consciente de antibióticos.

Maryele Rodrigues_ Julia Monteiro _ Julia Abud_ Ari Bertani_ Luis Bralia _ Ivan Vieira_ Antonio Eduardo_ Victor Silva - BAIXA
Foto: Divulgação

Manejo sanitário

Tão logo desembarcam das carretas, o médico-veterinário responsável realiza um check-list inicial para identificar possíveis fraturas, ferimentos, problemas de casco, infecção de ectoparasitas, sintomas de doenças ou se o animal viajou deitado; também são registrados escore corporal, peso e qualquer outra ocorrência importante.

“Se os animais rodaram acima de 300 km ou se possuírem escore corporal baixo ou ainda estarem mais de quatro horas de jejum, fornecemos um repositor eletrolítico a eles. Depois de 24 horas, fazemos o vet-check para conferir algum problema anotado na chegada ou averiguar o aparecimento de novos sintomas, pois os animais escondem a dor no momento da descida do caminhão”, conta Maryele.

Após mais três dias de descanso, ganham a identificação do SISBOV e são processados no protocolo de entrada. Recebem vermifugação e três vacinas: raiva, respiratória e clostridioses. “Um diferencial é que nosso imunizante de clostridioses possui uma cepa mais comum em confinamentos”, informa a médica-veterinária. É criado o prontuário e as informações referentes a doenças de controle oficial e suas respectivas vacinações são compartilhadas com o Ministério da Agricultura.

morte em confinamento
Foto: Divulgação

Ocorrência de morte

Embora todos os cuidados sejam tomados, pode calhar de algum bovino morrer dentro das dependências da MFG Agropecuária, assim como em qualquer outro confinamento. Um exame de necropsia é feito, imediatamente, sendo que apenas 8% das causas mortis não são identificadas, enquanto a média na pecuária brasileira é de 15%. O dono recebe um laudo completo do animal.

Se o boi chegou doente, a responsabilidade é do proprietário. Caso contrário, a MFG paga o valor da média do lote. “Graças à assertividade no tratamento de doenças, a taxa de letalidade da MFG Agropecuária é somente 1,47%. Isso é 53% a menos que a média nacional, hoje estimada em 3,15%”, conclui a especialista.

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM