Confinamentos assumem papel de extensão das fazendas de cria e recria

Modelo permite ao pecuarista aumentar a lotação da pastagem e ganhar eficiência na terminação sem a necessidade de investir altas quantias em estrutura própria, garantindo previsibilidade e valorização do rebanho

No Brasil, cada vez mais pecuaristas de cria e recria têm recorrido às parcerias de engorda como um meio de aumentar a produção. O modelo transforma o confinamento em uma extensão natural da fazenda, dando ao produtor maior flexibilidade na operação. Segundo Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento da MFG Agropecuária, a estratégia ganha espaço porque oferece escala, redução de riscos e maior valorização dos animais.

“Ao aderir à modalidade de parceria, o produtor pode aumentar o estoque de arrobas sem sobrecarregar o pasto, e garantir previsibilidade de ganho de peso, além de melhorar o acabamento de carcaça dos animais durante a terminação. Tudo isso sem precisar imobilizar capital em uma estrutura própria ou ficar refém da volatilidade do mercado de insumos”, explica Lopes.

Com o avanço tecnológico na formulação de dietas, na gestão de dados e no monitoramento do desempenho dos lotes, engordar os animais fora da fazenda tornou-se uma alternativa viável não apenas para grupos empresariais, mas também para pecuaristas tradicionais que buscam intensificar sua produção.

MFG Agropecuária
Foto: Divulgação

A tendência é observada em grandes estruturas instaladas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e até mesmo São Paulo e Bahia, que atendem produtores de diferentes perfis, como é o caso da MFG Agropecuária. “O confinamento é uma porta de entrada para a intensificação e um passo estratégico para agregar valor à produção”, reforça Lopes. Além de fornecer espaço físico, manejo voltado ao bem-estar animal, protocolos nutricionais e sanitários rigorosos, os confinamentos do grupo permitem acesso a ferramentas que ampliam a profissionalização da atividade.

bull market - touro nelore - bolsa de valores arroba do boi gordo
Na foto Touro Nelore do Adir

Mercado futuro do boi gordo

Aos interessados, as parcerias de engorda da MFG Agropecuária contemplam a trava de preço na B3. O mecanismo de hedge garante fluxo de caixa e protege a margem de lucro, assim os produtores conseguem planejar as decisões de manejo, reposição e comercialização do rebanho. Inclusive, ainda podem antecipar seus contratos.

“Se o produtor precisa travar os animais daqui dois, cinco, seis meses ou o tempo necessário para garantir a rentabilidade do negócio, ele pode fazer isso de forma antecipada na MFG”, explica Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado do grupo. De acordo com ele, a equipe de originação vai até a fazenda, avalia os animais, projeta a engorda e calcula o tempo necessário até o abate, para que o pecuarista faça a trava com tranquilidade.

Entre os principais benefícios apontados pelo gerente estão:

  • Eficiência econômica: o pecuarista de cria e recria transforma o bezerro ou garrote em boi gordo, capturando a margem de terminação.
  • Flexibilidade comercial: animais podem ser entregues ao frigorífico em momentos estratégicos, aproveitando oscilações positivas no mercado do boi gordo.
  • Previsibilidade produtiva: confinamentos comerciais oferecem nutrição balanceada, manejo padronizado e acompanhamento técnico, assegurando ganho de peso diário consistente.
  • Redução de riscos: a parceria dispensa investimentos pesados em currais, cochos, maquinário e mão de obra qualificada, permitindo que o produtor dedique-se à cria e/ou recria.
carcaca de vaca velha
Foto: Divulgação

Premiações de carcaça

O parceiro também tem acesso a um pacote de premiações, incluindo “Boi Europa”, “Cota Hilton” e cronologia de animais até quatro dentes. Para exportação à Europa, em especial, a MFG assume a rastreabilidade dos animais do parceiro. “O confinamento não é apenas uma prestação de serviço, mas sim um elo de confiança. Trabalhamos para que o pecuarista tenha a tranquilidade e a segurança de que seus animais vão expressar todo o potencial produtivo, transformando a cria e recria em um ciclo vitorioso”, conclui Lopes.

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