Confira o volume de chuva que vai cair em janeiro

Estima-se que beneficiem as lavouras de soja do oeste do Paraná e sul e oeste de Mato Grosso do Sul, que apresentavam déficit hídrico desde a primavera.

Nestes primeiros dias do ano, o tempo mentém-se instável do norte do Rio Grande do Sul ao interior do Paraná, graças a uma frente fria que está avançando pela costa da região Sul. Chuvas de moderada a forte intensidade estão previstas para o Mato Grosso do Sul, e os volumes devem ser superiores a 70 milímetros, em áreas do Vale do Itajaí (SC), interior paranaense, e no já citado Mato Grosso do Sul. Estima-se que estas chuvas beneficiem as lavouras de soja do oeste do Paraná e sul e oeste de Mato Grosso do Sul, que apresentavam déficit hídrico desde a primavera.

Já para o fim desta primeira semana do ano em diante, é previsto que as instabilidades se afastam e o tempo seco se intensifique na região Sul. O calor deve aumentar e, no Rio Grande do Sul, novamente são esperadas temperaturas próximas de 40°C neste primeiro fim de semana, principalmente entre a região da Campanha e a Fronteira Oeste, que estão sendo mais afetadas pela irregularidade das chuvas e pelo calor intenso. Nessas áreas mencionadas, tanto as lavouras de soja, quanto as de milho primeira safra, devem continuar sendo impactadas pelo estresse térmico e pela falta de umidade.

É válido ressaltar que desde essa terça-feira (3), a chuva voltou a aumentar também na fronteira agrícola do Matopiba. No meio-oeste da Bahia e no sul do Piauí, do Maranhão e do Tocantins, são esperados volumes de água entre 70 e 100 milímetros até esta sexta-feira (6).

É espera-se que a chuva continue frequente e com volumes oscilando de moderada a forte intensidade nas demais áreas da região Norte. Porém, em Rondônia não estão previstos volumes expressivos de água, mas a chuva de moderada intensidade ajuda na recuperação da umidade do solo.

A frente fria avança, a partir desta quarta-feira (4), pela costa do Sudeste, intensificando novamente um corredor de umidade entre as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, onde estão previstos os maiores volumes de chuva até o próximo fim de semana. Áreas de São Paulo, sul de Minas e Triângulo Mineiro, Goiás e Mato Grosso podem registrar volumes de 70 a mais de 100 milímetros até a próxima sexta-feira.

A chuva forte virá acompanhada por declínio das temperaturas, especialmente no interior do Sudeste, o que indica risco para um período de invernada. Este fenômeno pode paralisar temporareamente as atividades no campo e impactar o desenvolvimento das lavouras.

Regiões produtoras de café da Alta Mogiana, sul de Minas Gerais e Cerrado mais uma vez devem receber os maiores volumes. Nessas áreas, também é maior o risco para tempestades, inclusive com possível queda de granizo. Já a partir do dia 10 de janeiro, a chuva volta a se espalhar pelo Centro-Sul, atingindo áreas produtoras dos três estados da região Sul. No entanto, no Rio Grande do Sul a chuva será bastante irregular e ainda insuficiente para recuperação da umidade do solo.

Entre a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e o interior do Paraná, a chuva deve ficar mais intensa. Outro destaque a partir de 10 de janeiro é que as instabilidades perdem força no interior do Sudeste e no Centro-Oeste. As chuvas vão continuar acontecendo aí, mas na forma de pancadas mais isoladas e com menores volumes acumulados em relação à primeira semana do mês.

Para o período de 10 a 16 de janeiro, os maiores volumes são esperados entre o norte de Mato Grosso e o centro da região Norte, onde estão previstos mais de 100 milímetros de chuva. Nesse período, as pancadas serão mais escassas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, centro e norte de Minas Gerais e grande parte do interior nordestino. Os volumes de chuvas voltam a aumentar no interior do Nordeste e em toda a fronteira agrícola do Matopiba no início da segunda quinzena de janeiro.

Observando-se o período entre 17 e 23 de janeiro, há previsão para volumes bastante expressivos de água em áreas da metade norte do Brasil. Em contrapartida, esse será um período mais seco na região Sul, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Já na última semana do mês, o padrão volta a se inverter, com as chuvas tornando a aumentar no Centro-Sul e a reduzir no Matopiba.

Em janeiro, será possível observar uma grande alternância entre fortes episódios de chuva e períodos mais secos, que possibilitam o desenvolvimento das lavouras e trabalhos de campo em grande parte das áreas produtoras. Mas é importante destacar os alertas de chuvas fortes no Sudeste, que em alguns momentos devem provocar períodos de invernada e paralisar as atividades no campo.

É preciso ficar atento, no Rio Grande do Sul, onde ainda não há expectativa de uma regularização das chuvas; para o estado, a previsão é de calor acima da média, que deve agravar a situação da estiagem e prejudicar a produtividade das culturas de verão no estado.

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