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Conflito entre Rússia e Ucrânia eleva preços do óleo de soja

Segundo o Cepea, uma maior demanda mundial por óleo de soja elevou os preços do derivado a patamares recordes no Brasil e nos Estados Unidos.

O preço do óleo de soja na cidade São Paulo subiu 5,1% entre os dias 24 de fevereiro e 3 de março. Na última quinta-feira (03/03) a cotação atingiu R$ 9.124,17/tonelada, o maior valor da série do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), iniciada em julho de 1998. Os pesquisadores do Cepea observam que a maior demanda mundial por óleo de soja elevou os preços do derivado a patamares recordes no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo eles, a redução das exportações de óleo de girassol da Ucrânia (devido ao conflito com a Rússia) e a escassez de óleo de palma na Indonésia aqueceram a procura global por óleo de soja. “Além disso, a valorização do petróleo também eleva o interesse por biodiesel, que tem o óleo de soja como a principal matéria-prima.”

Do lado da oferta, dizem eles, há incertezas quanto à disponibilidade do derivado na Argentina (principal exportadora mundial de derivados de soja), devido à menor colheita da oleaginosa nesta temporada. “Com isso, importadores redirecionaram as aquisições ao Brasil e aos Estados Unidos.”

Eles lembram que o contrato futuro de primeiro vencimento do óleo na Bolsa de Chicago foi cotado a US$ 0,7954/lp (US$ 1.753,54/tonelada) na quarta-feira (02/03), o maior valor da história. Os prêmios de óleo de soja também subiram no Brasil, dando sustentação às cotações domésticas.

Milho

A Guerra de Putin também impactou o mercado de milho, cujos voltaram a subir nos mercados interno e externo na semana passada. Os pesquisadores do Cepea relatam que após o recesso de carnaval, compradores retornaram ao spot no mercado brasileiro com o objetivo de recompor parte dos estoques.  “No entanto, vendedores seguiram retraídos, focados na colheita da safra verão e no aguardo de novas valorizações para então negociar o cereal.

Eles observam que nos Estados Unidos, as altas estiveram atreladas ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que são dois importantes produtores e exportadores mundiais de milho. “Com as exportações ucranianas interrompidas, as incertezas quanto ao abastecimento global cresceram. Além disso, o atual cenário pode atrapalhar a semeadura da nova safra na Ucrânia, prevista para ser iniciada em abril.”

De 25 de fevereiro a 4 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 0,83%, fechando a R$ 98,15/saca de 60 kg na sexta-feira(04/03). Na Bolsa de Chicago (CME Group), os vencimentos voltaram a superar os US$ 7/bushel na terça-feira (01/03), patamar observado em maio/21. “No mercado futuro brasileiro, os movimentos também são de alta, mesmo diante da colheita no Sul do País”, dizem os pesquisadores do Cepea.

Fonte: Globo Rural

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