Campeãs de pista, genética e mercado! De vaquejadas milionárias à elite da reprodução equestre, conheça os nomes que escreveram (e continuam escrevendo) a história da raça Quarto de Milha no Brasil e no mundo
O mercado de cavalos da raça Quarto de Milha vive um momento sem precedentes. Alavancado pelo crescimento das provas esportivas, dos leilões de elite e da valorização genética, o segmento tem registrado cifras milionárias — principalmente quando o assunto são as éguas campeãs. Mais do que desempenho nas pistas, elas carregam linhagens consagradas e representam o futuro da reprodução na raça mais versátil do mundo.
Reunimos os dados mais relevantes e atualizados sobre as éguas mais caras da história do Quarto de Milha, organizadas em três categorias: valores de venda/leilão, histórico reprodutivo e conquistas esportivas. Veja a seguir as estrelas que dominam cada uma dessas frentes.
💰 As mais valiosas do mercado (em ordem decrescente de valor)
1. Stop Little Sister — R$ 22,7 milhões (estimado)
Vendida em 50% por R$ 11,35 milhões em 2023, o que projeta uma avaliação total de R$ 22,7 milhões. A égua é a maior reprodutora da história da rédeas, com filhos que já ultrapassaram US$ 961 mil em prêmios. A venda ocorreu durante o 4º Leilão JBJ Ranch.
2. Dinastia Apollo Roxo — R$ 20 milhões
A atual recordista de valorização confirmada no Brasil. Adquirida 100% pelo Haras Monte Sião no Leilão Cafula Experience, em 2024. Campeã de vaquejada, foi eleita Melhor Cavalo de Puxar Profissional com 385 pontos no Campeonato Portal Vaquejada 2024.
3. Cafame Roxa AD — R$ 17 milhões
No 6º Leilão Haras WS, 50% da égua foi arrematada por R$ 8,52 milhões, projetando seu valor total em R$ 17 milhões. Filha de Silver Wild SLN (Roxão) com La Fame, é neta dos lendários Dash Ta Fame e First Down Dash. Soma 38 pontos de mérito pela ABQM, destacando-se na vaquejada.
4. Go Girl Toro LM — R$ 12 milhões
Arrematada em 2024 pelo Grupo Monte Sião no Leilão The Legends. É produtora de animais que somam mais de 130 pontos pela ABQM, e também possui pedigree altamente valorizado no segmento de vaquejada.
5. Eternal Offling Peju — R$ 8,4 milhões
Vendida no 5º Leilão Haras WS. A filha de Streak of Fling já teve apenas quatro filhos vendidos por mais de R$ 15 milhões, demonstrando enorme potencial reprodutivo antes mesmo de se aposentar das pistas.
🧬 As matrizes que valem ouro
Wimpys Little Chic
Primeira égua a conquistar a Tríplice Coroa da NRHA (Futurity, Derby e NRBC), “Lexi” se tornou referência como matriz. Seus descendentes já somam US$ 1,7 milhão em prêmios, com destaque para ARC Gunnabeabigstar e All Bettss Are Off.
Corona Chick
Lenda da corrida, é mãe do icônico Corona Cartel. Produziu 16 filhos com ganhos superiores a US$ 3,6 milhões, sendo uma das matrizes mais influentes da AQHA Racing Hall of Fame.
Royal Blue Boon
Maior matriz da história da apartação, seus 17 filhos somam mais de US$ 2,6 milhões em ganhos. Mãe de Peptoboonsmal, referência absoluta na modalidade.
🏆 Conquistas que entram para a história
Paraguaia (Sort of Popular)
Campeã mundial de laço individual na NFR 2017, foi eleita “Horse of the Year” pela AQHA em 2021. Sua performance fez dela um dos nomes mais influentes do esporte western.
DM Sissy Hayday (“Sister”)
Tetracampeã mundial dos Três Tambores, pilotada por Hailey Kinsel, é uma das éguas mais rápidas e consistentes da história da modalidade. Venceu também o The American Rodeo com recordes históricos de tempo.
Don’t Look Twice
Com mais de US$ 850 mil em ganhos, é uma das fêmeas mais premiadas da apartação. Foi Horse of the Year pela NCHA e já ultrapassou US$ 1 milhão com sua progênie.
🐎 O que explica tamanha valorização?
A valorização dessas éguas está diretamente ligada à soma de três fatores-chave:
- Desempenho esportivo comprovado em provas de alto nível;
- Genética consagrada, com linhagens que se repetem nos pedigrees campeões;
- Potencial de reprodução, com descendentes valorizados antes mesmo de competirem.
Ao unir esses atributos, elas se tornam não apenas ícones do presente, mas também garantias de retorno genético e financeiro para investidores e criadores.
A evolução da raça Quarto de Milha no Brasil mostra que estamos diante de uma nova era: a das éguas como ativo estratégico. Mais do que protagonistas em pistas, elas são pilares da construção genética do futuro da equinocultura. Com cifras que rivalizam com as maiores vendas de garanhões, essas éguas deixam claro que o protagonismo feminino também domina o universo das corridas, rédeas, apartações e vaquejadas.
Seja nas arenas ou nos leilões, elas continuam ditando o ritmo e o valor do Quarto de Milha.
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