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Conta do boi não fecha, diz líder rural

O preço médio da arroba do boi tem ficando em torno dos R$ 140 em Mato Grosso do Sul neste início de 2019.

Esse patamar, praticamente estável, incomoda os produtores, que esperam um aumento de valores para compensar o incremento no custo de produção que ocorreu nos últimos anos.

O presidente eleito do Sindicato Rural de Campo Grande, Alessandro Oliva Coelho, comenta que depois de vários anos de retração de preços a expectativa dos criadores para 2019 é positiva.

“Hoje a conta na fazenda não está fechando. Desde 2015, que foi o último pique de preço, a pecuária vem passando por processos desgastantes. O preço vem abaixando consecutivamente, especialmente em 2017, quando o setor sofreu vários estragos em razão da operação Carne Fraca [da Polícia Federal], embargos da Rússia e abcessos da vacina da aftosa. Perdemos vários contratos de exportação, que foram para outros países. Em 2018 já foi um pouco menor. Recuperamos alguns mercados e abrimos outros, como o China, Hong Kong e o Egito. Em 2019 nos parece que temos um cenário novo, com novas perspectivas. Temos o Japão na mira [conquista desse mercado] e esperamos que em breve tenhamos boas notícias para toda a cadeia da carne”, ressaltou.

Em janeiro deste ano, dados do Ministério da Fazenda apontam que a carne desossada e congelada de bovinos foi o segundo principal produto exportado por Mato Grosso do Sul. Foram embarcadas para 29 destinos 8,286 toneladas do produto, que resultaram em uma receita de US$ 27,579 milhões para o estado. O maior comprador foi Hong Kong, com 1,969 mil toneladas e movimentação financeira de R$ 6,673 milhões.

Já a carne desossada e resfriada de bovinos foi o sexto principal item do ranking de exportações do estado neste primeiro mês do ano. O estado vendeu para 13 destinos no exterior 3,685 mil toneladas, o que resultou em um faturamento de US$ 15,180 milhões. Quem mais importou o produto foi o Chile, com 1,996 mil toneladas, com um gasto de US$ 8,079 milhões.

Se para as exportações a projeção é otimista, o cenário no mercado interno, que responde por quatro quintos do consumo da carne bovina produzida no país, ainda é motivo de preocupação, segundo o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande.

“O mercado interno hoje é o grande problema. O maior de todos, porque ele sozinho responde por 80% do consumo de carne bovina. Então é muito importante o aquecimento da economia, que tem ocorrido, mas muito devagar. Precisamos acelerar muito para que consigamos recuperar o preço e melhorar a remuneração para os produtores”, concluiu.

Com informações do G1.

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