Contra estiagem, Emater/RS-Ascar mostra poder das gramíneas com raízes agressivas

Capazes de povoar o solo em maiores profundidades, construindo espaço para infiltração da água, reduzindo o impacto da estiagem.

Na parcela temática sobre Solos, um dos espaços da Emater/RS-Ascar na Expodireto Cotrijal 2023, a preocupação com a estiagem e a erosão do solo encontra uma alternativa, as plantas de cobertura de solo. Ao todo, são seis plantas de cobertura, com destaque para as gramíneas de verão (milho, capim-sudão e sorgo) devido à notável capacidade que elas possuem para deixar o solo poroso, por onde se infiltra a água da chuva.  Para mostrar isso na prática, os extensionistas da Emater/RS-Ascar estão dentro de uma trincheira, de onde é possível enxergar as raízes e seu comprimento. 

“Queremos mostrar os benefícios das raízes fasciculadas das gramíneas de verão, que são extremamente agressivas e capazes de povoar o solo em maiores profundidades, construindo espaço para infiltração da água, reduzindo o impacto da estiagem sobre a cultura da soja, caso a soja venha a ser trabalhada em rotação com estas plantas de cobertura”, justificou o coordenador do espaço de Solos, extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Rafael Goulart Machado. 

Além de descompactar o solo, as plantas de cobertura também são indicadas para outros dois propósitos: proteger o solo da erosão e nutrir, tanto as raízes de culturas de inverno e verão, como microrganismos que vivem no solo.  

 “As planas de cobertura servem para diversificar os sistemas produtivos e, na medida em que existe aporte de diversas raízes no solo essas raízes têm condições de nutrir os microrganismos, além de promover uma melhor porosidade do solo e uma melhor infiltração de água, consequentemente, isso melhora o desenvolvimento das raízes das culturas que vieram a ser trabalhadas em sucessão, é o caso das culturas do inverno, ou em rotação, é o caso da soja”, explicou Machado.  

A novidade, no espaço Solos da Emater/RS-Ascar, é a presença do rolo faca, útil para rolar a parte aérea das plantas sobre a superfície do solo.   

“Queremos mostrar o quão protegido este solo fica da radiação solar, dos impactos da gota da chuva, o quão diverso este material é para a nutrição dos microrganismos que fazem a reciclagem de nutrientes e, ao mesmo tempo, a capacidade que nós temos de enriquecer o Sistema de Plantio Direto”, resumiu Machado.  

Fonte: Emater/RS-Ascar

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