Copersucar: produção de biometano no Brasil pode mais do que triplicar até 2027

O estudo mostra que o Estado de São Paulo concentra atualmente 40% da capacidade instalada de produção de biometano do País.

São Paulo, 9 – A produção de biometano no Brasil pode mais do que triplicar nos próximos dois anos, passando dos atuais 656 mil metros cúbicos por dia para 2,3 milhões de m³/dia em 2027, de acordo com um estudo da Copersucar.

O estudo mostra que o Estado de São Paulo concentra atualmente 40% da capacidade instalada de produção de biometano do País e 31% dos projetos de expansão, e pode atingir um potencial produtivo de até 36 milhões m³/dia no longo prazo. Segundo o levantamento, esse volume seria suficiente para substituir integralmente o consumo industrial de gás natural no Estado ou até 85% do consumo de diesel.

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“Temos todos os ingredientes necessários para transformar o biometano em um motor da transição energética no Brasil: base tecnológica, matéria-prima abundante, infraestrutura logística e um arcabouço regulatório adequado”, diz o presidente da Copersucar, Tomás Manzano, em comunicado. “O biometano pode reduzir em mais de 90% as emissões de gases de efeito estufa, além de custar muito menos que o diesel no transporte pesado.”

O estudo aponta que mais da metade do potencial produtivo paulista está concentrado no setor sucroenergético, que utiliza resíduos da produção de açúcar e etanol como vinhaça, torta de filtro, bagaço e palha para produzir o biogás/biometano. A estimativa é de que a adoção em larga escala do biometano possa gerar aproximadamente 20 mil novos empregos, diz o estudo.

Segundo o levantamento, se o Brasil desenvolver apenas 20% do seu potencial de produção de biometano e destinar esse volume à substituição do diesel nos próximos dez anos, será possível reduzir pela metade a necessidade de importações. O Brasil consome cerca de 65 bilhões de litros de diesel por ano, dos quais mais de 20% são importados.

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