Essa é a lista de Lula para o comando do Ministério da Agricultura

Setor que é responsável por cerca de 28% do PIB do Brasil, segue com grande apreensão sobre o futuro de quem irá comandar o Ministério da Agricultura no Governo Lula; Qual sua preferência?

Segundo as primeiras informações divulgadas por pessoas próximas ao futuro Presidente, o nome mais cotado para o Ministério da Agricultura (Mapa) no novo governo Lula (PT) é da senadora Simone Tebet (MDB) – candidata terceira colocada na corrida presidencial ao Planalto em 2022, no primeiro turno. Segundo as fontes, “sua presença no ministério de Lula é encarada como uma certeza”. Mas podemos ter grande mudança, com um nome de Mato Grosso surgindo para a pasta, confira!

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dois nomes se cacifam entre o setor de agronegócio como mais cotados para assumir o Ministério da Agricultura no novo governador: o ex-ministro da pasta na gestão Dilma Rousseff (PT), o deputado federal Neri Geller (PP-MT), eo senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Ambos atuaram na campanha de Lula, porém sofrem grande resistência por parte do setor agropecuário do estado.

Os ex-ministros Blairo Maggi – na gestão Michel Temer – e Kátia Abreu (PP-TO) – no segundo mandato de Dilma – também são lembrados. Como dito anteriormente, temos a informação de que a senadora Simone Tebet (MDB-MS), pode ter como destino um ministério mais “forte”.

Num momento em que o governo de transição dá os primeiros passos – a equipe, coordenada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) começa a trabalhar nesta semana, não há uma definição em relação a quem será o ministro de Lula na área que é associada hoje com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A aposta principal é que Geller seja ministro. Fávaro deve compor a base governista no Senado, já que sua suplente Margareth Buzetti (PP-MT) é pró-Bolsonaro. Outro nome ventilado, mas como “azarão”, foi o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que é da diretoria da bancada ruralista, atuante em prol do setor e foi secretário de Agricultura em São Paulo na gestão de Alckmin.

Na quinta-feira, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, anunciou seu secretariado para dar início ao processo de transição. As ações do órgão serão compiladas pela secretaria-executiva e enviadas à Casa Civil ainda nesta semana.

Montes, que segue à frente no ministério desde abril com a saída de Tereza Cristina (PP) para disputar a eleição ao Senado – ela acabou se saindo vitoriosa nas urnas-, defende que o novo ministro dê continuidade as conquistas do setor.

“A nossa expectativa é que o novo governo mantenha o mesmo espírito de trabalho, e esses nomes citados [para assumir o ministério] tenham essa visão”, disse ministro.

Segundo o ministro, o novo governo Lula demonstrará maturidade para entender as mudanças ocorridas em Brasília desde a última administração do PT. Ele espera que não haja espaço para o “radicalismo” e que os avanços para a agropecuária sejam preservados. “Não podem ir no discurso de países que querem ver o Brasil não ser competitivo, esse é o problema”, opinou.

Um dos pontos levantados pelo ministro é a segurança jurídica do setor, com o fim das invasões de propriedades rurais e a titulação de quase 500 mil assentados desde 2019. “Quero ver o que vai acontecer com esse novo governo, de repente pode ser surpresa agradável para nós”. Na conversa, o ministro elogiou políticas e programas criados durante gestões do PT, como o Código Florestal (2012) e o RenovaBio, sancionado por Michel Temer em 2017.

A FPA, que declarou apoio oficial a Jair Bolsonaro nos turnos, ainda não avaliou o cenário após a eleição de Lula. Integrantes da bancada ruralista evitou levantar algum nome, mas querem ver alguém com o perfil da Tereza Cristina – que foi indicada pelo grupo em 2018-, no ano que vem. Uma mescla de conhecimento técnico do setor, traquejo político e habilidade, principalmente na área diplomática, na ex-ministra se sobressaiu.

O presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR) disse que a bancada avalia com calma a situação, devido à animosidade que se instala entre os produtores rurais com a derrota de Bolsonaro. A Associação dos Produtores de Soja e Milho Grosso (Aprosoja-MT) decidiu, em assembleia, que Neri Geller, Carlos Fávaro e Carlos Augustin, empresário do setor de sementes que semeou campanha com os dois parlamentares de Mato Grosso em favor de Lula, “não têm direitos para representar o setor como defensores em Brasília”, pois as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), o que divergem dos “valores conservadores da classe produtora”.

“Esperamos que seja um ministro que tenhamos ligação com o nosso setor, que entendemos nossas pautas, pois precisamos tocá-las”, disse Souza.

RESSALVA IMPORTANTE SOBRE O NOME: Neri Geller (PP-MT) chegou a liderar as especulações para assumir o Ministério da Agricultura, mas “o parlamentar teve o mandato cassado e inegibilidade de oito anos decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o impede de assumir cargos públicos. Caso consiga reverter a decisão junto ao Supremo Tribunal Federal, ele deve ser cogitado para assumir a secretaria de Política Agrícola do ministério, responsável pelo Plano Safra, ou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), comandando a retomada da política de estoques reguladores prometida por Lula”, destaca o Estadão.

Ministério é um dos mais importantes do Governo

Hoje, o setor agro representa mais de 25% do PIB nacional, é um dos grandes geradores de emprego e renda e promotor de crescimento econômico, além da importância vital na produção e distribuição de alimentos que tem. O agronegócio merece o comando de profissionais técnicos, ágeis e comprometidos com o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro. Não há espaço para retrocessos e loteamentos políticos em ministérios.

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