Na “média Brasil” os custos subiram e os desembolsos do produtor cresceram 0,48% em maio frente a abril e no acumulado de 2020, 4,05%.
Por mais um mês, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira registrou aumento. Na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), os desembolsos do produtor cresceram 0,48% em maio frente a abril e no acumulado de 2020, 4,05%. Os principais insumos que contribuíram para esse cenário foram suplementação mineral, com valorização de 2,14%, adubos e corretivos, 1,64%, e concentrado, de 0,79%.
Com a alta em maio, os preços de insumos de suplementação mineral subiram aproximadamente 4% em 2020, na “média Brasil”. Vale ressaltar que a desvalorização cambial do Real frente ao dólar influencia no aumento dos custos da suplementação mineral e também dos fertilizantes. Considerando-se as médias mensais deste ano, a moeda norte americana se valorizou 37,13% em relação ao Real.
Outro grupo de insumos que elevou os custos foi o concentrado. Com o final da colheita da segunda safra de milho, as cotações do cereal recuaram, porém, como as casas agropecuárias trabalham com estoques correspondentes há 30 dias de comercialização, os preços do concentrado registraram alta de 0,79% em maio, acumulando alta de 8,50% no ano.
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Apesar do recuo nas cotações do milho, o valor recebido pelo leite também diminuiu, fazendo com que a relação de troca se mantivesse estável na comparação mensal.
Porém, na comparação anual, o cenário é diferente. Com o preço do cereal subindo quase 35% (valores corrigidos pelo IGP-DI) entre maio de 2019 e maio 2020 e o do leite caindo 14% (também em valores corrigidos), o poder de compra do produtor de leite diminuiu, passando de 23 litros por saca para mais de 36 litros por saca.
Com informações do CEPEA.