
Segundo nota da companhia, o Complexo de Salitre recebeu aportes de US$ 1 bilhão. Trata-se da primeira unidade de mineração do Grupo EuroChem fora do continente europeu e vai integrar atividades de produção, logística e distribuição de fertilizantes fosfatados.
A EuroChem, do setor de fertilizantes, informou ter recebido ontem (20) do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais licença de operação da planta química do Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre, que produzirá cerca de um milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano, ou 15% da produção nacional do insumo. Segundo nota da companhia, o Complexo de Salitre recebeu aportes de US$ 1 bilhão. Trata-se da primeira unidade de mineração do Grupo EuroChem fora do continente europeu e vai integrar atividades de produção, logística e distribuição de fertilizantes fosfatados.
A permissão era a última que a suíça EuroChem precisava para iniciar as atividades das plantas químicas de ácido sulfúrico e de ácido fosfórico, fundamentais para a produção de fertilizantes. A implantação do projeto está 95% concluída e a previsão é que as operações no local comecem entre fevereiro e março de 2024.
Recentemente, o Serra de Salitre, localizado no município de mesmo nome, na região do Alto Paranaíba, obteve o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O sistema de combate a incêndio da planta já está funcionando, bem como a parte de utilidades do complexo. Todos os maquinários também foram entregues e a etapa de comissionamento está em andamento.
“A licença de operação é uma etapa fundamental para o Complexo que vai transformar a EuroChem em um player importante na produção de fertilizantes, no Brasil e na América do Sul. Este resultado evidencia a confiança da sociedade em nosso negócio, que está em linha com o Plano Nacional de Fertilizantes e contribui, portanto, com o fortalecimento da competitividade do setor e com a soberania alimentar do país”, disse na nota o diretor-presidente da EuroChem na América do Sul, Gustavo Horbach.
O empreendimento da EuroChem recebeu aportes da ordem de US$ 1 bilhão. Essa será a primeira unidade de mineração do grupo fora do continente europeu. A empresa possui outras quatro minas, além de nove plantas químicas com capacidade de produzir 20 milhões de toneladas de fertilizantes por ano.
A expectativa é alta diante do projeto no Estado. O complexo de Salitre, quando entrar em operação plena, estimado para 2025, produzirá 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano. A partir do início das atividades no primeiro trimestre do próximo exercício, haverá um processo de rump-up na planta, período em que a produção aumenta gradualmente. No primeiro ano de funcionamento, a ideia é alcançar a marca de cerca de 500 mil toneladas produzidas.
100% da produção do empreendimento será destinada ao mercado brasileiro
O Serra de Salitre pretende contribuir com a redução da dependência da agricultura brasileira à importação de fertilizantes. Hoje, o Brasil importa algo em torno de 85% do insumo consumido no País, sendo os principais exportadores a Rússia, China, Marrocos, Canadá e Estados Unidos.
O diretor-presidente da EuroChem na América do Sul, Gustavo Horbach, diz que a produção do empreendimento será exclusiva para o mercado nacional. Logo, a empresa espera diminuir 15% das importações brasileiras de fertilizantes fosfatados ao atingir sua capacidade produtiva total.
“Isso significa mais recolhimento de impostos para o País, mais competitividade para o agricultor, porque terão acesso mais rápido (ao insumo) e com margens melhores, e sem dúvida nenhuma mostra que o Brasil tem, como está descrito no Plano Nacional de Fertilizantes, mirado na autossuficiência desse insumo estratégico para o mercado agro, que representa 28% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro atualmente”, destacou o executivo.
Desenvolvimento de Serra do Salitre
Conforme Horbach, 3 mil pessoas, entre empregados diretos e terceirizados, estão trabalhando no complexo, o que inclui obras e atividades operacionais. Segundo ele, quando apenas a operação estiver funcionando, a estimativa é ter 1,3 mil, 900 colaboradores próprios e 400 de terceiros.
A EuroChem projeta beneficiar à população de Serra de Salitre e desenvolver o município com o empreendimento. O diretor-presidente da EuroChem para a América do Sul ressalta que a companhia realizou, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), um curso para qualificar os moradores da região, predominante dominada pela agricultura.
Esse movimento, segundo ele, vai mudar o perfil de emprego da cidade, concedendo vagas mais estruturadas e aumentando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região. Além disso, Horbach diz que 40% de um total de mais de mil pessoas participantes do curso foram mulheres, e que a participação feminina no complexo será de cerca de 30%, um benchmarking para o País.
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